Arrancou ontem o DECIR 2025 - NÍVEL BRAVO. Com tempo irei fazer textos, pouco recomendados aos suspeitos do costume.
Quem gostar gosta, quem não gostar, que reclamem aqui para a minha mão, ela vai-vos “ouvir” ou ler de certeza.
Aqui vai:
Portugal, ao longo das últimas décadas, tem sido ciclicamente assolado por incêndios florestais de grandes proporções, com perdas humanas, ambientais e económicas significativas.
Face à repetição trágica destes episódios, o Estado Português, reagiu criando e multiplicando estruturas dedicadas à prevenção e combate aos incêndios. No entanto, à medida que novas instituições vão sendo formadas, cresce também a confusão sobre as respetivas competências, coordenação e eficácia.
Hoje, o país conta com um complexo mosaico de entidades envolvidas no combate aos incêndios florestais: Corpos de Bombeiros Voluntários, Força Especial de Proteção Civil (FEPC), Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) da GNR, e a Força de Sapadores Bombeiros Florestais, do ICNF. Não esquecendo a AGIF, os suprasumos da coisa cuja utilidade é facilmente questionada.
À primeira vista, este ecossistema institucional parece representar um reforço de capacidade. Mas numa análise crítica levanta uma questão incontornável: estamos a assistir a um reforço real da eficácia ou a uma duplicação de estruturas que resulta em ineficiência e elevados custos para os contribuintes?
Num País com recursos financeiros limitados, ao somar as despesas com quatro grandes forças dedicadas (Bombeiros Voluntários, FEPC, UEPS e Sapadores do ICNF), incluindo as super estruturas burocráticas, Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais, I. P. estamos perante um modelo altamente caro, cuja eficiência raramente é auditada. Quanto custa ao erário público manter estas instituições? Quantos milhões de euros são canalizados anualmente para estruturas que, em muitos casos, se sobrepõem? E sobretudo: será este dinheiro bem investido?
Bom fim de semana.
Ipse Dixit
LMF
CASERNA 25
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