Seis meses após ter dado entrada numa oficina para ser reparada, uma ambulância do INEM adstrita aos Bombeiros Voluntários de Mértola (BVM) foi esta sexta-feira rebocada de Beja para as instalações do Instituto Nacional de Emergência Médica, em Lisboa, sem ser reparada.
O veículo não está operacional desde 12 de novembro do ano passado. O primeiro orçamento de reparação rondava os 25 mil euros, o que levou o INEM a entrar em contacto com a empresa para tentar baixar a despesa. Apesar de a oficina ter acedido ao pedido, o INEM não deu mais nenhuma resposta.
Após 143 dias, a empresa comunicou aos BVM a necessidade de retirar a viatura do interior do parque, uma vez que estava a ocupar um espaço necessário à reparação de outros veículos.
A direção da corporação informou o Instituto Nacional de Emergência Médica que "só assumia a responsabilidade de retirar a ambulância caso a mesma estivesse operacional", explicando à empresa que o veículo era propriedade do INEM e “a este competia assumir a retirada do mesmo”.
A 10 de abril, face ao silêncio do INEM, a empresa alertou que, a partir de 21 daquele mês, passaria a cobrar-lhe “taxa de estacionamento”, o que, sabe o JN, acabou por acontecer, antes da retirada do veículo.
A corporação estava a aguardar desde setembro de 2019 um novo veículo, promessa feita pelo então presidente do Conselho Diretivo do INEM, Luís Meira, que não se concretizou.
Como o protocolo entre as duas instituições foi alterado, passando do pagamento mensal de 6000 para 8600 euros, a direção dos voluntários mertolenses adquiriu, no ano passado, uma nova ambulância, que custou quase 64 mil euros (50 mil cedidos pelo município). Segundo apurou o JN, depois de várias vicissitudes, o veículo foi finalmente certificado pelo Instituto de Mobilidade Terrestre (IMT) e será entregue na próxima semana à corporação.
JN
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