A noite de sábado ficou marcada por um incêndio que deflagrou no rés-do-chão de um prédio da Rua do Terreirinho, na Mouraria, em Lisboa. Além de duas vítimas mortais, de nacionalidade estrangeira, há ainda a lamentar 14 feridos, nove dos quais já tiveram alta hospitalar. O incêndio, cujas causas são, ainda, desconhecidas, deixou, pelo menos, 20 pessoas desalojadas.
De acordo com Tiago Lopes, do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, a maior parte dos feridos deveu-se à inalação de fumos, na sequência do incêndio que brotou às 20h37 e foi extinto às 21h15, avançou a agência Lusa.
Informações preliminares indicam que, além dos dois mortos, das 14 vítimas do incêndio transportadas para hospitais, duas são de nacionalidade argentina e 11 da Península do Industão, região asiática que compreende países como a Índia, Paquistão, Bangladesh e Nepal, segundo disse Margarida Castro, diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa, à Lusa.
Um português ficou também ferido, mas é uma "vítima colateral", porque não estava no prédio quando do incêndio.
A responsável frisou que apesar de o incêndio ter sido apenas no rés-do-chão, o prédio ficou inabitável, pelo que será feita uma vistoria, na segunda-feira.
Marcelo lamenta perda de “vidas humanas”
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou, na mesma noite, com o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, para "se inteirar das consequências" do incêndio, lamentando a perda de vidas humanas.
“O Presidente da República falou esta noite com o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa para se inteirar das consequências do incêndio esta noite na Mouraria, lamentando a perda de vidas humanas e inteirando-se da situação das pessoas afetadas”, indicou uma nota da Presidência da República.
O comunicando informou ainda que “Carlos Moedas, que estava acompanhado do presidente da Junta de Freguesia, Vitor Coelho, explicou a Marcelo Rebelo de Sousa os contornos conhecidos daquele daquele lamentável incêndio”, dando ainda conta das “iniciativas já tomadas pela Câmara Municipal para alojar e acompanhar a situação das pessoas afetadas”.
“Ninguém vai ficar sem teto”
Na Mouraria, Carlos Moedas assegurou que “vai ficar tudo resolvido, ninguém vai ficar sem teto”, dirigindo-se ao local do incêndio de modo a “dar uma palavra às famílias”.
O autarca indicou ainda que a Polícia Judiciária “está a investigar” as causas por detrás do fogo, aproveitando para agradecer ao “Regimento Sapadores Bombeiros de Lisboa, à Junta de Freguesia, ao INEM” e às autoridades envolvidas na ocorrência, destacando que tiveram uma “resposta única”.
“A capacidade de resposta não falha. Quatro minutos e meio depois já estava cá o Regimento de Sapadores. Temos tido alguns incidentes [deste género em Lisboa], mas nenhum tão grave como este. Estamos aqui com as pessoas, para as pessoas, a fazer tudo o que podemos”, rematou.
Lusa
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