"Algumas empresas libertam os bombeiros, outras libertam-nos mas sem pagamentos. Não nos podemos esquecer que são voluntários" - VIDA DE BOMBEIRO

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quinta-feira, 18 de agosto de 2022

"Algumas empresas libertam os bombeiros, outras libertam-nos mas sem pagamentos. Não nos podemos esquecer que são voluntários"

 


Portugal vai entrar este sábado na terceira vaga de calor do presente ano e espera-se mesmo que o próximo mês de setembro seja entre 40 a 50% mais seco do que o normal. Este cenário preocupa a Liga dos Bombeiros, dado o passado recente de incêndios, pelo que a instituição fez agora um apelo a todas as entidades patronais, que empregam os bombeiros voluntários, para que possam libertar os operacionais caso assim seja necessário.


Emanuel Santos, coordenador operacional da Liga dos Bombeiros, foi quem fez o apelo nesta tarde de quinta-feira.


"É importante nesta fase que haja tolerância das entidades patronais, que permitam aos bombeiros voluntários estarem presentes no combate aos incêndios. Não nos podemos esquecer da realidade portuguesa, onde na generalidade os bombeiros são voluntários e para poderem estar presentes no combate aos incêndios as entidades têm de os libertar, mas sem os prejudicarem", começou por dizer o comandante em declarações à SIC Notícias, referindo que nem mesmo as requisições civis que o governo estipulou nestes casos 'funcionam' a 100%.


"Se há boa vontade? Vai existindo umas vezes, outras vezes não existe. Por exemplo, quando o governo permitiu fazer requisição civil, algumas empresas libertaram-nos, outras libertam-nos mas sem pagamentos e depois sabemos que os funcionários são avaliados e poderão ser prejudicados nas avaliações, o que acontece constantemente", salientou o comandante, referindo que neste momento as corporações estão a repor energias para mais um cenário de incêndios.


"A nova vaga de calor está à porta, os bombeiros estão a tentar repor energias, com estes dias de maior acalmia. Os veículos também necessitam de manutenção e este pequeno período serve para repor a capacidade operacional humana e equipamentos", concluiu.


Lusa

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