Comissão Distrital de Proteção Civil de Beja exige helicóptero em Moura - VIDA DE BOMBEIRO

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terça-feira, 2 de junho de 2020

Comissão Distrital de Proteção Civil de Beja exige helicóptero em Moura


A Comissão Distrital de Proteção Civil de Beja (CDPC) quer que o Governo reposicione em Moura o helicóptero de ataque inicial a fogos florestais aí colocado em anos anteriores, mas que foi retirado este ano.

"Entendemos que este meio aéreo deve ser reposicionado no Centro de Meios Aéreos (CMA) de Moura, até porque é ali perto que está a maior área florestal da região, que é a [Herdade da] Contenda, com cerca de 5.600 quilómetros quadrados", argumentou hoje à agência Lusa o presidente da comissão distrital, Paulo Arsénio.

A reclamação para o reposicionamento em Moura do helicóptero que esteve colocado no CMA desta cidade alentejana no ano passado, mas que foi retirado este ano, consta de uma tomada de posição da Comissão Distrital de Proteção Civil de Beja, aprovada na sexta-feira.

O documento, aprovado por unanimidade e para ser enviado ao ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, ao qual a Lusa teve hoje acesso, refere que, no âmbito do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) 2020, "o CMA de Moura perdeu o meio aéreo de ataque inicial de combate a incêndios rurais aí sediado em anos anteriores".

Uma decisão que faz com que os concelhos "de Moura, Serpa e Barrancos", assim como, parcialmente, os municípios de Mértola, Beja, Vidigueira, Cuba e Ferreira do Alentejo, não fiquem "abrangidos pela intervenção dos meios aéreos de ataque inicial", pode ler-se.

Nestes territórios, sobretudo nos casos de Barrancos e Moura, com o perímetro florestal da Contenda, ou noutros dos concelhos, existem "áreas de suscetibilidade moderada e elevada a incêndios rurais", em que "a dificuldade em aceder por meios terrestres a algumas" delas "reforça ainda mais a necessidade" do meio aéreo.

Na tomada de posição, os municípios afetados consideram que "seria justo e extremamente eficaz no combate aos incêndios rurais o reposicionamento do meio aéreo de ataque inicial no CMA de Moura", atendendo a que "o DECIR procura garantir em permanência uma resposta operacional adequada e articulada, em conformidade com o grau de gravidade e a probabilidade de ocorrência" de fogos.

O presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil, que preside também à Câmara de Beja, Paulo Arsénio, sublinhou hoje que a ausência do helicóptero em Moura, onde esteve posicionado "em 2011 e em 2019", deixa "desprotegida uma ampla mancha florestal" e praticamente "toda a margem esquerda" do Guadiana.

Se tudo ficar como está, "ficamos com três meios aéreos de combate a incêndios na região", ou seja, "dois aviões Fire Boss que já estão estacionados na Base Aérea de Beja, desde o passado dia 27 de maio", e "um helicóptero de ataque inicial em Ourique, igual ao que estava em Moura, mas que ainda não chegou".

"Esse é outro problema. Há um lote de helicópteros que cujo concurso foi impugnado por uma das entidades não vencedoras e isso faz com que a empresa que venceu o concurso ainda não possa estacionar o helicóptero em Ourique e, por exemplo, em Grândola", no distrito de Setúbal, relatou.

Mas a Comissão Distrital de Proteção Civil de Beja entende que o helicóptero de Moura, que, em 2019, "teve uma utilização abaixo das expectativas, isso é positivo, continua a fazer falta e, em termos preventivos, faz todo o sentido que volte a ser colocado" na cidade alentejana, argumentou Paulo Arsénio.

Num comunicado divulgado na segunda-feira, a Câmara de Moura aludiu a esta tomada de posição, que "vem corroborar as preocupações já transmitidas ao Governo", não só por este município, mas também pelos de Barrancos, Mértola e Serpa, que já solicitaram uma reunião ao executivo.

Fonte: Noticias ao Minuto

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