Os perigos do fumo na saúde dos bombeiros podem manifestar-se só a longo prazo, diz estudo - VIDA DE BOMBEIRO

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sexta-feira, 24 de maio de 2019

Os perigos do fumo na saúde dos bombeiros podem manifestar-se só a longo prazo, diz estudo


Uma equipa de investigadores monitorizou o ritmo cardíaco de quatro bombeiros no decorrer de queimas experimentais e descobriu que as erupções agudas e instantâneas nos olhos, irritações no nariz e na garganta e falta de ar podem ser apenas o início dos problemas de saúde para aqueles profissionais.

O flagelo dos incêndios florestais é cada vez mais estudado pela comunidade científica e tecnológica, não só com o objectivo de mitigar as suas consequências económicas e ambientais e em tudo o que se relaciona com a segurança e património de um país, mas também porque o problema começa a ser um assunto preocupante para Governos e populações.

Agora, uma equipa da Universidade de Aveiro (UA) observou que a existe uma forte possibilidade de o ritmo cardíaco dos bombeiros reagir a inalação excessiva dos fumos dos incêndios (monóxido de carbono). O estudo em questão foi realizado no âmbito de projectos em colaboração com equipas Universidade do Porto (UP) e da Universidade Carnegie Melon, em Pittsburgh, na Pensilvânia, Estados Unidos da América (EUA).

Alguns destes problemas, aponta o estudo, “podem aparecer rapidamente, como erupções agudas e instantâneas nos olhos, irritações no nariz e na garganta e falta de ar”. Estes são sintomas que “geralmente evoluem para dores de cabeça, tonturas e náuseas e que podem ter uma duração de várias horas”. Verifica-se também “a diminuição da função pulmonar, podendo-se traduzir numa capacidade respiratória ligeiramente diminuída, na constrição do trato respiratório e em hipersensibilidade das pequenas vias aéreas”.

Maioria das mortes por inalação de fumos

Além destes perturbações, e de acordo com a Associação Nacional de Protecção contra Incêndios dos EUA, a maioria das mortes ocorridas durante os incêndios são devidas à inalação de poluentes presentes no fumo.

A investigação da Universidade de Aveiro estudou os sinais vitais de bombeiros em cenários de incêndios experimentais e concluiu que “a exposição frequente e prolongada a elevados níveis de concentração de poluentes durante o combate ao fogo pode originar problemas de saúde agudos ou de longo prazo”, referem os autores.

Fonte: Publico

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