Fogos Obrigam Força Aérea a Formar Pilotos com Contratos a Prazo - VIDA DE BOMBEIRO

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quinta-feira, 16 de maio de 2019

Fogos Obrigam Força Aérea a Formar Pilotos com Contratos a Prazo


A nova missão da Força Aérea em matéria de fogos florestais exige ter mais pilotos, mas essas operações serão feitas com recurso a pilotos com uma formação mais curta e menos dispendiosa do que a dos que pertencem aos quadros permanentes.

A informação foi dada esta quinta-feira no Parlamento pelo chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), general Joaquim Borrego, numa audição com a Comissão de Defesa marcada pelo atraso na disponibilização de todos os meios aéreos de combate aos fogos que se previa estarem operacionais na quarta-feira.

A missão que a Força Aérea assumiu este ano foi aprovada na sequência dos trágicos incêndios de 2017 e das falhas identificadas na resposta do Estado. Depois de adiada em 2018, por um ano, essa assunção de responsabilidades limita-se nesta primeira fase à gestão dos contratos dos meios aéreos alugados e dos relativos à manutenção e operação dos três helicópteros ligeiros do Estado (os Ecureuil, pois a transferência dos Kamov para a Força Aérea continua em análise).

Segundo o CEMFA, com mais helicópteros e novas missões de combate aos fogos "terão de ser contratados pilotos" - os chamados PIL, por contraste com os pilotos-aviadores (PILAV) formados na Academia da Força Aérea e que entram nos quadros permanentes - e cuja formação, a prazo, também "poderá ser uma forma de colmatar a necessidade do mercado".

Escola para pilotos de combate em Beja?
A formação avançada de pilotos para os caças F-16, que a Força Aérea deixou de fazer com o abate dos Alpha Jet, foi outra das questões colocadas pelos deputados ao CEMFA - e que aparenta manter-se no limbo mais alguns anos.

Segundo o general Joaquim Borrego, na mesa está a criação de uma escola de aviação militar europeia na base aérea de Beja - um projeto de que se fala há décadas mas que continua em banho-maria porque até hoje nenhuma Força Aérea europeia se quis associar.

"Vale a pena ter meios próprios", comprando aeronaves para substituir os Alpha Jet? "Compra-se a formação" a terceiros ou faz-se "um consórcio com países aliados" na UE, interrogou-se o CEMFA, indicando as três hipóteses que estão na mesa há pelo menos quatro anos.

Sobre a oferta apresentada há meses por uma companhia privada, que alugaria aeronaves M-346 (fabricados pela empresa italiana Leonardo, dos novos helicópteros Koala adquiridos para a Força Aérea), o general explicou que essa hipótese envolve atrair aliados para "fazer uma escola de aviação avançada em Beja".

O problema é que, apesar de haver "países europeus interessados" como a Bélgica e a Dinamarca (membros do consórcio de caças F-16 da UE que Portugal também integra) ou a Áustria, eles querem ver a escola a funcionar antes de se comprometerem.

Ora, sem o envolvimento inicial de países que depois acabem por não avançar, "ficamos isolados" - o que significará custos elevados que a Força Aérea não pode suportar ou o desinteresse da companhia privada que cede as aeronaves por falta de pilotos suficientes que rentabilizem o projeto da escola, explicou o CEMFA.

Fonte: Diário de Noticias

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