"Vi o camião descontrolado a ir contra a fachada da casa. Foi um grande estrondo e, logo a seguir, houve uma enorme nuvem de pó. Quando cheguei junto dos trabalhadores, estavam assustados, mas falavam. Foi uma aflição."
O relato emotivo é de Susana Machado, florista na rua do Taxa, em Braga, e que assistiu ao despiste de um veículo da AGERE, pelas 10h45 de quarta-feira, em que seguiam três trabalhadores, com idades entre os 40 e 50 anos, e que colidiu com a fachada de uma residência, que está desabitada, na rua Pedro V. As vítimas ficaram encarcerados no habitáculo do camião. Foram necessárias duas horas para que fossem resgatadas, mas sofreram apenas ferimentos ligeiros.
"Este trabalho é sempre complicado e minucioso. A primeira equipa a chegar pediu logo o apoio de uma grua para poder retirar as pedras que caíram em cima do camião e trabalhar em segurança", explicou José Mota, chefe dos Sapadores de Braga. "O condutor disse-nos que se despistou ao evitar atropelar uma mulher que seguia na estrada. Falha de travões não foi porque foram mudados no mês passado", assegurou Rui Morais, administrador da AGERE - empresa municipal de águas e resíduos. O trânsito esteve cortado várias horas.
"Vamos provocar a derrocada de algumas pedras que não oferecem condições de segurança, para depois reforçar a fachada do edifício. O dono do prédio já foi informado", referiu Vítor Azevedo, responsável da Proteção Civil de Braga.
Fonte: Correio da manhã
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