As cerca de 350 pessoas que passaram pela primeira edição da Feira Dronetek 1.0, realizada pela APDrone, em Cervães, Vila Verde, não voltam a ser as mesmas.
Toda uma panóplia de oportunidades à mercê de um objeto não tripulado que podem revolucionar quase todas (senão todas) as áreas de mercado foram atrativo para que o público assistisse a demonstrações e ouvisse especialistas que dão o aval a um futuro mais risonho graças aos drones.
Miguel Pereira, coordenador da região Norte da APDrone, à conversa com o Semanário V, em modo “balanço final”, salienta as conferências como “pontos altos” deste evento, manifestando mesmo “orgulho” em juntar tantas entidades num só evento.
“Uma das grandes conquistas foi juntar todos os intervenientes que cá estiveram em tertúlias de segurança e proteção, de política e agroflorestal”, refere, aludindo aos painéis de debate onde participaram nomes com os deputados Joaquim Barreto (PS), Rui Silva (PSD) e Ilda Novo (CDS-PP), agentes de proteção e segurança da Marinha, Exército e Proteção Civil, o segundo-comandante dos Bombeiros de Vila Verde, um mergulhador dos Bombeiros das Taipas, o presidente da ATAHCA, o presidente da AF Cávado, entre muitos outros.
Mas Miguel Pereira salienta um interveniente em particular: “Isto serviu para confrontos entre pessoas que estão no terreno e outros que estão na tutela. Luís Morais foi fantástico com as suas intervenções, fez mexer toda a gente e possibilitou que se tocasse em certas feridas que têm solução, caso haja vontade”, refere, apontando um drone que está a ser desenvolvido pela empresa Agrodrone e que pode transportar até 1.000 litros de água, o que seria útil para uma primeira intervenção num incêndio que ainda vai no início, como fazem agora os helicópteros.
“Muitos políticos e representantes florestais não sabiam disso e ficaram fascinados. O presidente da AF Cávado referiu que se cada associação florestal tivesse uma ‘prenda’ dessas em 2019 podia evitar-se altos custos”, aponta ainda o organizador do evento.
“Também o comandante da Marinha lançou desafio a empresas para uma parceria, de modo a construir um drone submerso. Nós [APDrone] vamos a Lisboa, ao centro de desenolvimento da Marinha, porque querem apostar em construção nacional, uma vez que, aparentemente, andam a comprar lá fora e os drones saem muito caros. Falamos de gastos atuais de 300.000€ que podiam ser 40.000€”, atira.
Miguel Pereira referiu ainda que, para além do público no interior para assistir às palestras e visitar as empresas em exibição, cerca de duas centenas de pessoas passaram também pelas pistas exteriores, onde decorreu uma corrida de drones e outra de “buggies” telecomandados.
“Correu tudo muito bem. Sexta-feira foi dedicada às visitas escolares e a convidados políticos que puderam ver demonstrações em todos os stands e ainda algumas corridas TT e de drone racing”, explica Miguel Pereira, revelando que “ficou falado” uma eventual prova a contar para o campeonato regional de Drone Racing, a realizar em Cervães, no próximo ano.
“Ficou falado com uma empresa de Arcos de Valdevez e com a Junta de Cervães em fazermos uma parceria e entrarmos no campeonato, uma vez que há aqui agora esta pista”, aponta o responsável do evento.
“Ontem tivemos aqui 15 pilotos que vieram de todo o país e foi um verdadeiro sucesso. Gostaram muito da pista e a verdade é que houve muita gente a assistir”, diz, revelando que o grande vencedor da corrida é Hélder Napoleão, de Esposende. “É dos melhores a nível nacional”, atira.
Fonte: Semanário V
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