A Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda (ASPIG/GNR) reage às notícias que sobre o descanso dos militares do Grupo de Intervenção de Prevenção e Socorro no chão de um pavilhão desportivo, em Monchique.
O vice-presidente da Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda (ASPIG/GNR), Adolfo Clérigo, reage com surpresa à notícia, veiculada pelo Expresso, sobre as imagens de militares do Grupo de Intervenção de Prevenção e Socorro (GIPS) a dormir sobre colchões no chão de um pavilhão desportivo, em Monchique, no distrito de Faro. O responsável lembra, ao Notícias ao Minuto, a “situação crítica” que se vive na vila algarvia, dizendo que o tema “é um não assunto”.
“O comandante dos Bombeiros de Monchique, não tendo mais como, cedeu esse gimnodesportivo aos elementos da Força Especial de Bombeiros e aos outros elementos de Bombeiros Voluntários que foram deslocados de todas as partes do país para ajudar no combate ao incêndio de Monchique”, começou por explicar Adolfo Clérigo, indicando que o gimnodesportivo “não é um exclusivo para a GNR”.
O vice-presidente da ASPIG/GNR defendeu que aquela foi “a única resposta possível” num momento em que ainda “há um combate a decorrer” e “considerando que é uma zona numa situação crítica onde não há instalações disponíveis para dar descanso condigno aqueles combatentes”.
“Nós sabemos que toda a gente merecia estar hotel de cinco estrelas mas não dá”, afirmou. “Lamento que os meus camaradas, nesta altura, tenham que dormir no chão ou noutras circunstâncias mais complicadas e menos adequadas mas, como dizemos na gíria militar, 'em tempo de guerra não se limpam armas'”, vincou o responsável.
Nestas declarações ao Notícias ao Minuto, Adolfo Clérigo referiu ainda que, “em condições normais, [os bombeiros] tinham que dormir dentro das viaturas ou pelas estradas ou em relvados, como já aconteceu, e acontece todos os anos em situações de cansaço extremo”.
“Toda a gente sabe que os agentes de Proteção Civil envolvidos neste combate e nos outros se sacrificam em prol da comunidade, é aquilo que está a acontecer”, afirmou, enaltecendo a “disponibilidade e amabilidade do comandante dos Bombeiros de Monchique" que, "não tendo mais condições para dar, deu aquilo que tinha”, reforçou.
“Não vou comentar se a resposta [no terreno] está a ser adequada”
Sobre os já vários dias de combate às chamas em Monchique, o responsável diz não querer comentar a questão do comando das operações, que agora foi transferido para a estrutura nacional de Proteção Civil. “Não vou comentar se a resposta está a ser adequada”, indicou.
Adolfo Clérigo referiu que estão a ser deslocados “elementos do GIPS de várias partes do país e chegam a estar lá 20 horas a trabalhar”, mas “ninguém apresentou nenhuma queixa”. “Chegam cansados mas satisfeitos” por terem feito parte do dispositivo de combate.
Noticias ao Minuto
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