Fracasso no concurso dos meios aéreos. Helicópteros nas mãos do Estado são solução? - VIDA DE BOMBEIRO

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sábado, 31 de março de 2018

Fracasso no concurso dos meios aéreos. Helicópteros nas mãos do Estado são solução?


A falta de metade dos meios aéreos necessários para o combate aos incêndios foi o ponto de partida para o debate no Fórum TSF.

O PCP considera que o Estado não pode ficar dependente de particulares em relação aos meios de combate ao fogo, e que deve investir em meios próprios para combater o fogo.

O Estado voltou a falhar o segundo concurso de aluguer de aviões e helicópteros. Dos 40 meios aéreos pretendidos pelo Governo, só vão ser contratados 12, porque as propostas apresentadas ultrapassaram, em muito, o valor limite fixado pelo governo.

Jorge Machado, deputado do PCP, disse no Fórum TSF que o fracasso no concursos comprova "a absoluta necessidade de o Estado garantir os seus próprios meios aéreos".

"Estamos a assistir a uma cartelização que leva à inflação dos preços por parte dos operadores privados, numa tentativa de 'sacar' o máximo possível ao Estado", afirmou o deputado comunista.

O Ministério da Administração Interna (MAI) já admitiu avançar para ajustes diretos nos aviões e helicópteros de combate ao fogo, uma opção que deve comportar encargos bem superiores.

Já o CDS-PP considera "particularmente grave" o facto de o Governo ter falhado a contratação de meios aéreos, considerando ainda "extremamente preocupante" o encerramento do hangar.

"Já perguntei ao sr. ministro Eduardo Cabrita, mais do que uma vez, se ele não estava preocupado que nenhum dos Kamov estivesse a voar. Agora não só não estão a voar, como o hangar foi selado", disse o deputado Telmo Correia.

No Fórum TSF, Telmo Correia enumerou ainda outras das preocupações do CDS: "A formação dos GIPS [Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro], ou seja, os homens da GNR - que supostamente agora terão um papel muito importante - não está concluída e é insuficiente; os bombeiros admitem pôr reservas à sua participação porque não sabem exatamente a definição de missões; a nova lei da Proteção Civil, que o Governo anunciou, está atrasada; a natureza pública do SIRESP não está fechada", refere Telmo Correia, sublinhando que estas são matérias que deveriam estar fechadas até ao final deste mês.

Também o Bloco de Esquerda se mostra muito preocupado com a falta de meios aéreos e o encerramento do hangar dos Kamov.

"O sistema de planeamento e ordenamento da floresta não existe. Não há medidas concretas", afirmou o bloquista Pedro Soares, no Fórum TSF.

Fonte: TSF

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