2017 é o pior ano da década - VIDA DE BOMBEIRO

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

2017 é o pior ano da década



Os números são avançados pelo comandante nacional da Protecção Civil no “briefing” diário, segundo o qual 38% das ocorrências da última semana ocorreram no período nocturno.

O número de incêndios aumentou este ano “em relação ao último decénio” (2007-2016). Até agora, foram registadas 10.416 ocorrências, face a cerca de 10.100 - “por consequência, maior área ardida”, conclui o comandante nacional da Autoridade Nacional de Protecção Civil.

Segundo os dados provisórios do Instituto para a Conservação da Natureza (ICN) divulgados pelo comandante Rui Esteves, arderam este ano, em Portugal, 141 mil hectares. No total da década que terminou em 2016, foram 144.960 hectares.

E, se “ao dia de hoje”, mas no ano passado, havia registo de 7.571 ocorrências, este ano já vamos em mais de 10 mil. Em 2016, com aquelas ocorrências “tínhamos uma área ardida de 115 mil hectares; em 2017, uma área ardida de 141 hectares, com dados ainda provisórios”, adiantou aos jornalistas.

Além disso, este ano “tem uma severidade meteorológica com valores apenas superiores em 2005. Segundo o IPMA, é o terceiro ano mais severo dos últimos 15 anos”.

A severidade meteorológica está relacionada com a temperatura, mas também com o índice de secura dos combustíveis e com o vento, que “quando tem rajadas fortes provoca um desenvolvimento mais rápido e eruptivo” dos incêndios.

Segundo os dados do Sistema Europeu de Informação sobre Fogos Florestais, a área ardida este ano em Portugal já superou a registada em todo o ano passado. Portugal é mesmo o país com mais área ardida na União Europeia.

Grande parte dos incêndios começa à noite

Segundo o comandante nacional da Protecção Civil, 38% das ocorrências da última semana “ocorreram no período nocturno”.

Rui Esteves não avançou considerações sobre o facto apresentado, mas na noite anterior o secretário de Estado da Administração Interna já tinha afirmado que muitos incêndios tinham mão criminosa.

“Não é só a meteorologia”, garantia Jorge Gomes.

Comparando com a semana de 1 a 7 de Agosto, houve um acréscimo de 72% no número de incêndios rurais (mais 601) e um aumento de 103,6% no número de meios envolvidos (mais 22.887): mais 86% no número de missões aéreas e mais 73% no número de horas voadas.

Segundo Rui Esteves, os distritos mais afectados pelos incêndios na última semana foram Santarém, Coimbra e Castelo Branco.

No que toca a feridos decorrentes dos incêndios, foram registados 74 entre 8 e 14 de Agosto, bem como 49 pessoas assistidas, entre as quais 32 bombeiros, quatro militares da GNR e 13 civis.

Nessa semana, houve 1.431 ocorrências florestais, que envolveram 44.986 meios humanos, apoiados por 12.148 veículos e 831 missões aéreas.

Renascença

Sem comentários:

Enviar um comentário