Pessoas evacuadas do Franzilhal já regressaram a casa - VIDA DE BOMBEIRO

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

terça-feira, 18 de julho de 2017

Pessoas evacuadas do Franzilhal já regressaram a casa


As pessoas que segunda-feira à noite foram retiradas das suas habitações, no Franzilhal, por causa do incêndio que continua a lavrar no concelho de Alijó, regressaram esta manhã.

São essencialmente idosos e acamados que os serviços do Município de Alijó e da Segurança Social levaram para o pavilhão gimnodesportivo da vila, por uma questão de precaução, numa altura em que as chamas rondavam a localidade.

Esta manhã, já com o incêndio em fase de rescaldo na zona do Franzilhal, Albina de Jesus, de 77 anos, invisual, voltou a casa. À entrada recordava que foi "obrigada a entrar no carro" pela filha e por uma neta, caso contrário não teria saído. "Custou-lhe muito", acrescentou o neto Sérgio Teixeira, de 29 anos, que, não voltou mais cedo à terra, na noite de segunda-feira, porque "o fogo rodeou a quinta onde estava" e não pôde sair de lá até que estivessem garantidas condições de segurança.

Esta manhã, naquela localidade da freguesia de Carlão, faziam-se contas às perdas que os agricultores tiveram. "O fogo levou-me um olival carregadinho de azeitona", lamenta António Ferreira, com cerca de 80 anos. Já o ano passado já lhe tinham ardido "uma vinha e o melhor sobreiral que cá havia". Tinha gasto lá quatro mil euros em limpeza e a cortiça estaria pronta para retirar este ano".

Entretanto, o incêndio no concelho de Alijó perdeu vigor, sobretudo durante a noite, tendo os cerca de 700 operacionais no terreno conseguido controlar cerca de 80% do seu perímetro. Contribuiu a utilização de oito máquinas de rasto e o aumento da humidade relativa.

Foi um grande avanço para tentar apagar definitivamente um incêndio que começou por volta das 2:00 horas da madrugada de domingo e que, desde então, já consumiu cerca de 5.000 hectares de mato e floresta, inúmeros armazéns de arrumos e anexos de habitações, viaturas, vinhas, olivais e sobreirais, para além de ter deixado com o coração nas mãos as populações de Chã, Vila Chã, Santa Eugénia, Carlão, Pegarinhos, entre outras.

Às 13 horas, 95 % do incêndio estava já dado como dominado. As chamas estão ainda por controlar apenas nas Caldas do Carlão, uma zona de difícil acesso. Neste momento encontram-se no terreno cerca de 700 efetivos, que contam com o apoio de seis meios aéreos e 174 veículos.

JN

Sem comentários:

Enviar um comentário