O autarca de São Pedro do Sul considerou que a presença dos bombeiros no combate às chamas no concelho foi insuficiente nos primeiros dias. O comandante nacional da Proteção Civil rejeita as acusações e mostra-se confiante de que o inquérito que foi instaurado vai permitir mostrar “a excelência do trabalho efetuado” e apurar “todas as responsabilidades”.
José Manuel Moura, em declarações aos jornalistas, reagia ao anúncio, por parte do primeiro-ministro, António Costa, da abertura de um inquérito para apurar o que correu mal com na fase inicial de combate ao incêndio, na sequência das críticas feitas pelo presidente da Câmara.
"Acho que a abertura do inquérito foi uma extraordinária decisão, porque vai permitir [mostrar] a excelência do trabalho que o combate realizou nesse incêndio", referiu o comandante operacional nacional.
“Foi feito um extraordinário trabalho" no combate às chamas em São Pedro do Sul, um incêndio com "uma dimensão enorme", "de uma grande complexidade", afirmou o responsável.
"Tudo o que foi feito foi tudo muito bem feito, e o inquérito vai demonstrar isso", defendeu José Manuel Moura.
O presidente da Câmara de São Pedro do Sul, Vítor Figueiredo, lamentou a falta de meios e denunciou o facto de o início de o combate às chamas ter sido feito apenas com "a prata da casa".
"Os primeiros quatro dias foram muito maus, porque não tivemos qualquer tipo de apoio", lamentou o autarca, considerando que estas situações "não podem voltar a acontecer".
Já esta terça-feira, o autarca reafirmava as críticas, considerando que, "se tivesse sido atacado a tempo e horas, logo no primeiro dia com gente e meios, o fogo não tinha chegado ao ponto devastar um terço do concelho". "Não se pode admitir que só ao fim de quatro dias o concelho tenha tido o apoio das entidades oficiais", reitera o autarca.
Vítor Figueiredo não quis dirigir as críticas a alguém em particular. "Não são dirigidas a ninguém. Há-de ser o inquérito a apurar. A minha crítica é no sentido de saber o porquê e quem é o responsável por termos só apoio ao fim de quatro dias", realçou.
O presidente da Câmara local fala de prejuízos avultados, mas remete números finais para quando estiver feito o levantamento total dos danos provocados pelo incêndio que durou praticamente uma semana.
Com base nas queixas do presidente da Câmara Municipal, o Ministério da Administração Interna abriu um inquérito para averiguar os procedimentos adotados.
Em jeito de resposta, o comandante nacional operacional disse esperar “que o inquérito releve as responsabilidades de todos os intervenientes".
Fonte: RTP
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