"Gostava de poder ser Responsabilizado pelo que Aconteceu em Arouca" - VIDA DE BOMBEIRO

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terça-feira, 16 de agosto de 2016

"Gostava de poder ser Responsabilizado pelo que Aconteceu em Arouca"


"Tudo o que passe por não envolver as autarquias na gestão do seu próprio território é errado". A afirmação é de Artur Neves, o autarca que disse que "Gostava de poder ser responsabilizado pelo que aconteceu em Arouca", que que não pode porque gere apenas um quinto do seu território - as áreas urbanas.

No dia em que os os grandes incêndios dos últimos dias deram tréguas começaram-se a fazer contas aos danos causados. Em Arouca contabilizaram-se já perdas superiores a 121 milhões de euros. Mais de metade da floresta do concelho foi reduzida a cinzas.

Em duas semanas terão ardido no país quase 100 mil hectares de floresta. Quatro pessoas perderam a vida. Há pelos menos dois feridos em situação critica nos hospitais. Centenas de pessoas perderam as casas.

Na Peneda Gerês, perdeu-se grande parte da mata do Ramiscal. Quase 10 mil hectares de uma das zonas mais importantes em termos de conservação do único parque nacional do país.

Os incêndios dos últimos dias mudaram a a côr de muitos concelhos. Em Arouca ardeu cerca de um terço da área total do município. Contas feitas: 121 milhões de euros em perdas.

O ministério da agricultura vai abrir já os programas com fundos comunitários para a reposição da capacidade produtiva da floresta. Do ministério da Administração Interna pode vir dinheiro para situações de emergência.

No Jornal 2 o autarca de defende uma política florestal de nível nacional, com indicações precisas dadas as autarquias, bem como uma autoridade nacional que fiscalize o seu cumprimento, mas que terá que caber às autarquias a implementação no terreno de todas essas medidas.

Artur Neves garante que "as autarquias estão tecnicamente habilitadas para mais esta competência que terá que ser delegada pelo o Estado sem passar por qualquer organismo de nível regional".

Outro autarca, o de S. Pedro do Sul, apresentou queixa formal ao Estado por considerar que houve atraso e má coordenação no socorro ao incêndio que se alastrou de Arouca para aquele concelho do centro do país e que causou a perda de uma dezena e habitações e milhares de hectares de floresta. O Governo informou esta segunda feira que abriu já um inquérito tendente a apurar o que se passou.

O Primeiro-ministro visitou hoje algumas das zonas mais afetadas pelos incêndios com a promessa clara de investir já na prevenção.

Artur Neves foi um dos que recebeu a visita de António Costa. O Autarca que pelo segundo ano consecutivo viu desaparecer um dos ex-libris do concelho (os Passadiços do Paiva) garante não vai baixar os braços mas admite que o trabalho de reabilitação da floresta de Arouca é trabalho para uma geração.

Durante todo o dia oitenta fogos deram ainda trabalho aos bombeiros. Aveiro e Viana do Castelo os distritos mais atingidos. No terreno estiveram mais de dois mil e quinhentos homens, apoiados por mais de duas dezenas de meios aéreos.

O único incêndio ativo que ainda preocupava ao final do dia a proteção civil acontecia em Melgaço, em pleno Parque Nacional da Peneda Gerês.

Fonte: RTP

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