Qualquer que seja o Governo, à partida, contará sempre com a nossa disponibilidade para o diálogo, para a análise e avaliação conjuntas de toda e qualquer proposta sem exceção.
É assim que nos temos pautado na defesa intransigente das necessidades dos bombeiros, o que quer dizer, das necessidades das populações com associações e corpos de bombeiros no seu seio.
Sabemos das dificuldades e constrangimentos que os governantes e as próprias autarquias nos apresentam quando reivindicamos mais apoios, mais meios. No fundo, mais investimento nos bombeiros, logo, mais investimento nas populações, no seu socorro e consequentemente na sua qualidade de vida.
Quando reivindicamos, não o fazemos com precipitação ou desatentos do seu impacto positivo ou negativo. Temos o cuidado, de previamente à apresentação das medidas pretendidas, fazer o nosso próprio exercício de avaliação sobre o seu impacto financeiro, versus, também os benefícios sociais que podem traduzir.
De forma cirúrgica, temos enformado todas as nossas propostas a partir de um método de trabalho cuidadoso, rigoroso, partilhado e aberto a outros contributos. Estes, não obstante algum barulho de fundo que vai ecoando, nem sempre nos chegam como desejaríamos. Mas tal não nos desmotiva, já que, para além de estamos plenamente legitimados, a própria realidade com que todos convivemos e as metas que pretendemos atingir são claras, bem identificadas, só nos cabendo prosseguir e rumar em busca delas, como tem acontecido.
Os percursos, para atingir todas as metas que reivindicamos e sufragamos no nosso seio,
não estão isentos de escolhos ou obstáculos, todos o sabemos. Por isso, a metodologia para percorrer e atingir resultados terá que ter uma ciência própria, uma perseverança adequada, paciência quanto baste e uma convicção inabalável.
Há passos dados com êxito. Havendo no entanto outros que mais parecem retrocessos. Muitos dos já alcançados porventura, poderão saber a pouco. Outros há, que depois de alcançados, possam ser encarados como quase automáticos ou isentos de esforço para os atingir.
Ao contrário do que alguns possam pensar não defendemos nem patrocinamos qualquer tipo de carrossel de reivindicações em que, de forma aligeirada, se enunciem medidas avulsas sem coerência nem impacto mensurável. Teria sido fácil ir por aí mas não fomos por razões de honestidade e porque procurámos formas simples e diretas para os conseguir atingir. Também e sempre pelo respeito por nós próprios, pelos bombeiros, dirigentes e comandos que representamos e que em nós depositaram e depositam confiança. Também e sempre pelas populações a quem prestamos extensos e significativos serviços. Também e sempre pelo nosso passado, porque acreditamos que, ao honrar o nosso passado e aqueles que nos antecederam, podemos dar passos certos e precisos no presente, como garante para um futuro de modernidade e exigência.
Por experiência, nossa e de muitos que nos acompanharam e acompanham, acreditamos nas virtudes e na eficácia do passo a passo, etapa a etapa até à consagração total do que somos e representamos para Portugal e para os Portugueses.
Tal postura tem-nos trazido enormes resultados, uns estabilizados, outros ainda em fase de consolidação. Pelo facto de assumirmos um percurso gradual e consolidado, nada nos diz que, em momentos certos e também precisos, não o tenhamos que fazer, não a passo lento, mas a passo acelerado, tal qual os nossos operacionais quando saem dos quartéis para responder às chamadas de socorro e ao apelo dos necessitados.
Os governantes e autarcas sabem que as nossas reivindicações, quando as apresentamos em conteúdo e meta temporal, encerram muito debate e trabalho anterior. Conhecemos as dificuldades e os constrangimentos orçamentais existentes. Sabemos também, fruto da nossa análise ponderada e fundada, que algumas das medidas reivindicadas, e que se têm protelado no tempo, afinal nem têm o impacto financeiro que esgrimam os renitentes na sua aceitação.
As nossas propostas, sublinho, vão continuar a ser elaboradas segundo os mesmos princípios, ou seja, rigor, conhecimento, estudo e fundamento.
Nunca pedimos a lua quando ainda não temos a terra. O histórico das nossas posições testemunha-o. A nossa postura identifica-o.
LBP
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