Quando há qualquer crise num hospital, quando nos confrontamos com a falta de macas e vemos as nossas ser açambarcadas e os nossos bombeiros e as ambulâncias à porta das urgências à espera que nos devolvam o que é nosso e que queremos recuperar apenas para podermos socorrer o próximo acidentado ou doente lá estão os senhores dos hospitais a apelar à nossa compreensão, à nossa colaboração. E nunca viramos a cara a essas situações, pensando que a dita parceria com os bombeiros de que os hospitais falam nessas situações até é verdade. Amigos, passado pouco tempo como temos visto rapidamente esquecem-se da tal parceria e fazem questão de dizer que somos iguais aos outros.
Quando dizem que somos iguais aos outros querem dizer que, quando os hospitais falham o pagamento dos serviços prestados pelos bombeiros e que estes reclamam muitas vezes sem resposta meses a fio, no fundo estamos nas mesmas condições dos outros fornecedores de bens ou serviços.
Para umas coisas, quando precisam de nós, dizem que somos parceiros mas quando as coisas dão para o torto, ou seja, quando nos devem e sabem que isso complica a nossa vida e a saúde das nossas contas para continuarmos a prestar os serviços que nos pedem e o socorro às populações então já somos como os outros. E os outros são as empresas farmacêuticas, as empresas de trabalho temporário e outros serviços, limpezas, alimentação. Com todo o respeito por estas e outras empresas em abono da verdade o que acontece é que não somos iguais. As empresas visam o lucro e estão no seu direito mas nós nada temos a ver com isso. Todos sabemos que as nossas simples receitas servem para sermos nós a tapar os buracos que outros nos deviam ajudar e não ajudam a tapar e que servem para investir em equipamento na prestação do socorro com ainda mais qualidade continuando a fazer grandes omeletas praticamente sem contar com os ovos.
É lamentável o atraso com que muitos hospitais pagam aos bombeiros, ou melhor, vão adiando os pagamentos, nunca dizendo quando pagam nem que parcela da dívida vão pagar.
Nunca sabemos quando o dinheiro vem mas sabemos que quando nos exigem protocolar os serviços até ameaçam no contrato penalizar-nos com 50 euros por simples cinco minutos de possível atraso da nossa chegada. Assim não amigos!
Fonte: LBP