A nove meses do fim do mandato, a direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde viu aprovada por unanimidade a proposta de alteração dos estatutos desta corporação. O próximo mandato já será de três anos, limitando-se a três os mandatos. Na Assembleia Geral do último sábado foi ainda aprovado, com uma abstenção, o relatório e contas referentes a 2014.
As dificuldades económicas que as corporações de bombeiros, incluindo a de Ermesinde, atravessam também muito devido ao difícil contexto nacional, bem como a necessidade de angariar mais receitas foram abordados por quase todos os intervenientes, começando pelo comandante da corporação, Carlos Teixeira. "Estamos a passar uma fase de crise e avizinham-se tempos difíceis", disse, sublinhando a preocupação em relação ao futuro "porque não é risonho". "Terá de haver adaptações na forma de actuar", acrescentou.
Jorge Videira, presidente da direcção concordou com as dificuldades que as corporações atravessam. "Os bombeiros sentem cada vez mais dificuldades pela situação económica", disse, acrescentando que vivem dos associados e que estes muitas vezes, fruto do contexto económico desistem ou deixam de pagar as cotas, 21 euros anuais. Jorge Videira lembrou ainda os cortes sofridos nos valores dos transportes hospitalares. Apesar de admitir as dificuldades que "a casa irá passar", Jorge Videira garantiu que a direcção "estará atenta".
Mandatos de três anos e com limitação
A direcção decidiu alterar os estatutos da Associação Humanitária de forma a cumprir a lei 32/2007, a qual dava dois anos às corporações para adaptar o documento, devendo estar em vigor desde 2009.
Aproveitando a reformulação por imperativos legais, a direcção entendeu propor a alteração em diversos pontos, como a introdução do processo eleitoral que, até agora, era um documento complementar e que, segundo Jorge Videira, era "um fato feito à medida". "Agora fica igual para todas as direcções", disse. Foi igualmente aprovada a passagem de dois para três anos a duração de cada mandato. Ou seja, a partir de Dezembro próximo, altura que haverá novas eleições, a lista vencedora terá pela frente um mandato de três anos, mas também uma limitação de três mandatos, ou seja, de nove anos de liderança da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde.
Depois da unanimidade da alteração, foi proposto a mudança do valor de jóia a pagar por novos associados, baixando-se de cinco euros para 2,5 euros. Valor que foi também aprovado, com dois votos contra, tendo em conta a necessidade de angariar de mais receitas para fazer face às dificuldades expressas durante a reunião.
Fonte: Verdadeiro Olhar
