A uniformização de procedimentos e o teste a equipamentos para operar em cenários de busca e resgate em estruturas colapsadas são promovidos num workshop a decorrer até dia 7, em Setúbal, no qual participam bombeiros e militares da GNR.
As cinco dezenas de operacionais de três forças de proteção e socorro envolvidas nas ações de formação e exercícios práticos dinamizados no âmbito do workshop foram recebidos hoje de manhã, na Casa da Baía, numa cerimónia de receção que deu início à iniciativa.
“Esta é uma semana de treino que serve para testar as potencialidades de atuação conjunta de várias forças em cenários de busca e resgate em estruturas colapsadas”, salientou o comandante da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal, Paulo Lamego.
Participam no treino 13 elementos dos Bombeiros Sapadores de Setúbal, trinta militares do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro da GNR e cinco operacionais da Força Especial de Bombeiros Canarinhos, pertencente à Autoridade Nacional de Proteção Civil.
O workshop “Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas”, com treinos no quartel dos Sapadores de Setúbal, na Serra da Arrábida e em unidades industriais abandonadas, tem a particularidade de ser o primeiro com recursos técnicos dos Sapadores de Setúbal e do GIPS da GNR.
“Pela primeira vez e em simultâneo”, destacou Paulo Lamego, são utilizados dois contentores logísticos equipados com material de última geração para busca, salvamento e resgate de vítimas em edifícios, estruturas colapsadas e espaços confinados.
O comandante dos Sapadores de Setúbal, ao vincar a importância da atividade “para testar as capacidades operacionais e uniformizar procedimentos de intervenção”, enalteceu a realização do treino conjunto “para o estreitamento de relações institucionais e a construção de um conhecimento mútuo”.
O capitão Maia Morgado, em representação do comandante do GIPS da GNR, tenente-coronel Albino Tavares, elogiou a dinamização da iniciativa conjunta para “elevar ao máximo o conhecimento e o espírito de cooperação entre as várias forças envolvidas no exercício”.
Operações de escoramento de edifícios, demolições, corte e perfuração de estruturas, trabalhos de desencarceramento em viaturas e exercícios de extração de vítimas em espaços confinados são algumas das ações a realizar no treino, que decorre entre hoje e sexta-feira.
O contentor logístico da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal, semelhante ao do GIPS da GNR, foi adquirido recentemente no âmbito da candidatura “Resiliência Setúbal +”, com financiamento europeu, que reforça o corpo profissional com um conjunto de recursos técnicos, incluindo novas viaturas.
O contentor inclui, entre outros, equipamentos de corte e perfuração, entre os quais um hidráulico para demolições, ferramentas para uso em veículos elétricos, a par de detetores sísmicos e de gases e lanternas que podem ser utilizadas em cenários potencialmente explosivos.
Fonte: local.pt
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