21 de Maio de 2013
O dia tinha começado com Sol, e tudo indicava que seria um dia quente, eram quase dez da manhã quando recebemos um alerta para um incêndio urbano em Rio de Moinhos.
Rapidamente nos começamos a equipar, e enquanto uns entravam para as viaturas de incêndio, a mim calhou a missão de levar uma viatura de emergência (ABSC-03), mas mesmo assim coloquei todo o meu EPI (equipamento de protecção individual) dentro da viatura.
Rapidamente nos deslocamos para o local, já tinham saído também duas viaturas de incêndio à minha frente, pelo caminho sentia no corpo a adrenalina a tomar conta de mim, e quem é bombeiro sabe muito bem do que estou a falar, liguei o rádio, a emissora sintonizada era a mesma do costume, "rádio comercial", a musica normalmente provoca em mim um efeito relaxante, e nesse dia não foi excepção.
Fui encontrando alguns veículos pelo caminho, mas com o som da sirene estes apercebiam-se da nossa proximidade e iam cedendo passagem, nas curvas mais apertadas sentia a viatura a querer "fugir", mas apesar de ser uma condução rápida, tive sempre o cuidado de fazer uma condução segura.
Estávamos quase a chegar ao local, e ainda "apanhamos" o nosso VCFCI-07, então pensei, "andamos muito bem". Daqui já conseguíamos visualizar o fumo a sair pelas portas e janelas, e deu para perceber perfeitamente que já não era um incêndio qualquer.
Chegados ao local, a primeira equipa imediatamente deu inicio ao reconhecimento seguido da busca primária, o fumo intenso não enganava, um dos compartimentos estava totalmente envolto em chamas tornando a visibilidade no seu interior completamente nula. Não havia ninguém no seu interior, mas os estragos eram imensos, era um edifício de 3 andares e posso dizer-vos que ficou em muito mau estado.
Quando começamos a fazer ataque directo, é que tivemos a verdadeira percepção dos estragos, o apartamento em questão, estava completamente destruído, o fogo deflagrou num quarto, mas os estragos espalharam-se a toda a casa.
Sentia um peso enorme nas costas, proporcionado pelo Arica, passados alguns minutos tivemos a indicação de que haveria um gato num dos andares superiores, e então lá fomos nós em busca do "gato perdido", tinha a indicação do andar em que este estaria, e ao fim de algum tempo lá acabamos por o encontrar são e salvo.
Depois do incêndio extinto, demos inicio há ventilação do edifício, e acreditem que este estava completamente enfumado. Começamos a abrir os andares superiores um por um, e em todos eles foi feita busca secundaria, não fossemos nós encontrar alguma "surpresa" desagradável. Felizmente para nós que tudo correu bem, não houve feridos nem situações de maior, mas digo-vos muito honestamente, deve ser terrível perdermos tudo aquilo que levamos uma vida inteira para conseguir.
Rapidamente nos deslocamos para o local, já tinham saído também duas viaturas de incêndio à minha frente, pelo caminho sentia no corpo a adrenalina a tomar conta de mim, e quem é bombeiro sabe muito bem do que estou a falar, liguei o rádio, a emissora sintonizada era a mesma do costume, "rádio comercial", a musica normalmente provoca em mim um efeito relaxante, e nesse dia não foi excepção.
Fui encontrando alguns veículos pelo caminho, mas com o som da sirene estes apercebiam-se da nossa proximidade e iam cedendo passagem, nas curvas mais apertadas sentia a viatura a querer "fugir", mas apesar de ser uma condução rápida, tive sempre o cuidado de fazer uma condução segura.
Estávamos quase a chegar ao local, e ainda "apanhamos" o nosso VCFCI-07, então pensei, "andamos muito bem". Daqui já conseguíamos visualizar o fumo a sair pelas portas e janelas, e deu para perceber perfeitamente que já não era um incêndio qualquer.
Chegados ao local, a primeira equipa imediatamente deu inicio ao reconhecimento seguido da busca primária, o fumo intenso não enganava, um dos compartimentos estava totalmente envolto em chamas tornando a visibilidade no seu interior completamente nula. Não havia ninguém no seu interior, mas os estragos eram imensos, era um edifício de 3 andares e posso dizer-vos que ficou em muito mau estado.
Quando começamos a fazer ataque directo, é que tivemos a verdadeira percepção dos estragos, o apartamento em questão, estava completamente destruído, o fogo deflagrou num quarto, mas os estragos espalharam-se a toda a casa.
Sentia um peso enorme nas costas, proporcionado pelo Arica, passados alguns minutos tivemos a indicação de que haveria um gato num dos andares superiores, e então lá fomos nós em busca do "gato perdido", tinha a indicação do andar em que este estaria, e ao fim de algum tempo lá acabamos por o encontrar são e salvo.
Depois do incêndio extinto, demos inicio há ventilação do edifício, e acreditem que este estava completamente enfumado. Começamos a abrir os andares superiores um por um, e em todos eles foi feita busca secundaria, não fossemos nós encontrar alguma "surpresa" desagradável. Felizmente para nós que tudo correu bem, não houve feridos nem situações de maior, mas digo-vos muito honestamente, deve ser terrível perdermos tudo aquilo que levamos uma vida inteira para conseguir.
Passadas algumas horas do incêndio, o cenário era este, um cenário desolador que deixa qualquer um sem forças para se levantar e seguir em frente, os proprietários esses, diziam-me entre lágrimas,"há coisas que são insubstituíveis e nunca mais as podemos ter, vamos ver o que podemos fazer daqui para a frente, e a vocês bombeiros só temos que agradecer, porque apesar de tudo, podia ter sido pior".
Eu em meu nome só tenho a dizer, não precisam de agradecer pois este é o nosso trabalho, e mais não podíamos fazer, e espero confiante que aos poucos consigam recuperar as vossas coisas, a vossa vida, mas acima de tudo que tenham força para levantar a cabeça e seguir em frente, porque eu sei que nestas alturas é muito, muito complicado recuperar o que tinham.
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