A sessão do julgamento do acidente numa passagem de nível com guarda em Caminha, que deixou tetraplégico um menino de 12 anos, ficou esta quinta-feira marcada pelos depoimentos do pai da criança e de uma testemunha, em que afirmaram que o automóvel acidentado avançou para a linha de comboio com as meias barreiras da travessia fechadas.
As testemunhas também disseram que o menino estaria sem cinto de segurança. Uma versão que contraria a da arguida, condutora do automóvel, que tinha afirmado, na sessão anterior em tribunal, que o menino estava com cinto quando se deu o acidente e que, na altura em que avançou para atravessar a via-férrea, as barreiras de proteção se encontravam levantadas e a sinalização não estava ligada. Invocou não ter qualquer culpa de a viatura ter sido abalroada pelo comboio, argumentando que tal se deu devido ao "mau funcionamento" do mecanismo de sinalização sonora com barreiras, associado às obras de eletrificação da Linha do Minho.
Em causa está o acidente na passagem de nível com guarda em Cristelo, Caminha, envolvendo uma viatura conduzida por Sónia Ferreira, de 44 anos, e em que seguiam o seu filho Tomás, de 11 anos, ao lado e Martin Fonseca, da mesma idade, filho de um casal amigo, no banco traseiro. Devido à violência do embate entre carro e comboio, o menino que seguia atrás sofreu graves lesões cerebrais e na cervical. A condutora é acusada de um crime de ofensa à integridade física por negligência e incorre numa pena de até dois anos de prisão ou multa.
JN
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