António Nunes não se mostra surpreendido com estas lacunas e explica que foram precisamente as debilidades a nível logístico que levaram a LBP a chumbar o plano de combate a incêndios de 2025. Como solução para este problema aponta, por exemplo, um eventual reforço destes esforços por "meios das Forças Armadas"
A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) admite que alguns operacionais podem ter ficado sem alimentação durante o combate aos fogos.
Em declarações à TSF, o líder da LBP, António Nunes, refere que não consegue contabilizar o número de operacionais prejudicados pela falta de comida, mas garante que já ouviu relatos nesse sentido.
É admissível que, estando há mais de 20 dias o país mobilizado para combater incêndios florestais, dispersos por uma vasta área do território, que aqui ou além possa ter ocorrido, e certamente que ocorreu, falhas quer nos horários, quer na distribuição dos alimentos, quer até em alguns casos na qualidade nutricional dos alimentos.
António Nunes não se mostra surpreendido com estas lacunas e explica que foram precisamente as debilidades a nível logístico que levaram a LBP a chumbar o plano de combate a incêndios de 2025.
"A LBP este ano votou contra essa diretiva e uma das razões que invocou foi que não estava suficientemente assegurada a logística para operações de grande envergadura", assinala.
Insiste que o país não pode ter cinco mil bombeiros em combate e colocar sobre os serviços municipais de proteção civil ou associações a responsabilidade da logística, "em particular a alimentação e a garantia do descanso".
A situação tem, contudo, "solução" e a LBP garante estar "disponível" para partilhar as suas ideias, mas lamenta que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil não tenha convocado uma reunião para debaterem estas questões.
"O primeiro sítio seria junto do senhor presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. Falarmos com ele em primeiro lugar e tentarmos encontrar algumas soluções que temos para sugerir e ver se elas são possíveis de implementar ou não", diz.
Entre elas, António Nunes fala em profissionalizar a distribuição dos alimentos, com eventual reforço por parte de "alguns meios das Forças Armadas".
TSF
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