Bombeiros de Monção avançam com ação judicial contra INEM por dívida de 225 mil euros - VIDA DE BOMBEIRO

______________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

terça-feira, 15 de julho de 2025

Bombeiros de Monção avançam com ação judicial contra INEM por dívida de 225 mil euros

 


A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Monção anunciou, esta terça-feira, que “está a ponderar suspender a prestação de socorro”, no âmbito da emergência pré-hospitalar, devido a “uma dívida acumulada de 225 mil euros do INEM” para com aquela corporação.


Num comunicado divulgado à imprensa, a corporação considera que a situação "é insustentável" e que coloca em causa postos de trabalho. Afirma que "sem a liquidação atempada das verbas em dívida, não será possível manter este serviço essencial com a qualidade e a prontidão que os munícipes merecem".


“Não conseguimos sobreviver assim. Esta situação fragiliza a nossa confiança junto dos colaboradores, dos associados e dos fornecedores, por não conseguirmos cumprir com os objetivos a que nos propusemos: a sustentabilidade financeira da associação”, afirma o Gonçalo Nuno Oliveira, presidente da direção.


O comunicado informa ainda que “a dívida do INEM para com a corporação monçanense ascende atualmente os 225 mil euros, abrangendo não apenas os serviços protocolados, mas também outros serviços extraordinários prestados sem protocolo formal”. A situação "arrasta-se há demasiado tempo, é insustentável e ameaça diretamente a manutenção dos postos de trabalho dos nossos operacionais", lê-se na nota.


"Face à ausência de resolução por via administrativa, a associação avançou já com uma ação judicial para cumprimento da obrigação por parte do INEM, na tentativa de recuperar os valores devidos e garantir a sustentabilidade financeira da corporação", realça o comunicado. "Os atrasos significativos nos pagamentos comprometem a tesouraria da associação, dificultando o pagamento de salários, a manutenção de viaturas e equipamentos e a própria capacidade de garantir um serviço de socorro eficaz e seguro à população”.


"É lamentável serem os fornecedores da associação a ‘financiar’ a nossa atividade, suportando eles próprios os custos decorrentes da espera morosa no recebimento dos serviços que prestamos. É insustentável conduzir os destinos da corporação nestas condições. O nosso principal parceiro, o Estado Português, através do INEM, é o que mais falha", atira Gonçalo Nuno Oliveira.


O comunicado termina com um apelo “à responsabilidade e ao bom senso das entidades competentes para a resolução urgente deste problema, de forma a garantir a segurança da população e a sustentabilidade desta instituição centenária”.


JN

Sem comentários:

Enviar um comentário