Direção dos Bombeiros de Silves Apresentou Pedido de Demissão - VIDA DE BOMBEIRO

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terça-feira, 13 de maio de 2025

Direção dos Bombeiros de Silves Apresentou Pedido de Demissão

 


A Direção da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Silves apresentou um pedido de demissão conjunto.


Os motivos, que levam a esta decisão, prendem-se com o pedido de demissão do presidente da Direção, João da Arrancada, por motivos de saúde. Entenderam os restantes elementos da Direção, “em conjunto” apresentar também o seu pedido de exoneração “por não estarem reunidas as condições mínimas para a continuidade e com a certeza de que não existe ninguém insubstituível nem egos que possam ser superiores aos interesses e à missão da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Silves e respetivo Corpo de Bombeiros.”


O pedido foi apresentado ao presidente da Assembleia Geral, Analídio Braz, que agendou o próximo ato eleitoral para o dia 6 de junho. Até à eleição dos novos órgãos sociais, o presidente da Direção, que está impedido de exercer funções por motivos de saúde, é substituído pela vice-presidente, Gabriela Brígida.


Numa comunicação dirigida aos associados, trabalhadores, comandante em suplência, bombeiros e bombeiras, os membros da Direção, acrescentam que: “Volvidos oito anos desde a tomada de posse dos Órgãos Sociais que deram início a um novo ciclo na Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Silves, com posteriores atos eleitorais em 2020 e 2023, os quais renovaram a ocupação de alguns dos cargos, chegou o momento de efetuarmos uma profunda e delicada reflexão ao caminho traçado até aqui e ao futuro que se pretende para a Associação e para o Corpo de Bombeiros.”


No seu comunicado, a Direção demissionária lembra que uma das suas prioridades foi a de garantir o pagamento atempado dos “vencimentos e gratificados” a cada bombeiro, o que acontece agora. Uma situação bem diferente daquela encontrada há oito anos atrás “em que existiam vencimentos em atraso” e em que “logo no primeiro mês em que se iniciaram funções, não existia dinheiro em banco nem em caixa para liquidar os ordenados e a alternativa foi solicitar um adiantamento ao Município. Também um membro da Direção avançou com um valor monetário a título de empréstimo. Eram avultadas as dívidas a fornecedores, existiam inúmeras viaturas paradas por falta de crédito para as reparações necessárias, e outras cujos mecânicos exigiam o pagamento a pronto para o levantamento dos veículos, atendendo ao constante incumprimento dos compromissos assumidos.”


Segundo a Direção, “a  situação era de total desrespeito para com os Bombeiros, a sua missão, a própria Associação e a comunidade” e  “rompendo essa espiral, é notório o salto qualitativo atingido nos últimos anos.”


Embora “exista sempre mais por fazer e por alcançar”, a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Silves “conta atualmente com a confiança dos parceiros públicos e privados”, acrescenta a Direção.


No referido comunicado, no qual enumera muito do trabalho realizado, a Direção destaca a existência de um corpo de bombeiros com um efetivo de cerca de 90 elementos, com uma preparação cada vez melhor; a reabertura da Secção Destacada de Alcantarilha; a melhoria gradual das condições de trabalho; o constante reforço de equipas; a constituição de equipas de intervenção permanente (cujo pagamento do vencimento e do seguro é repartido entre o Município e a ANEPC, tendo a Direção assumido que poderia haver lugar à prestação de trabalho por turnos pagando o respetivo subsídio); o aumento na medida do possível dos gratificados (transporte de água, transporte de cadáveres, transportes de longo curso, turnos de escala noturno/diurno, TAS, carta de pesados, alimentação em formação); a criação de condições para aumentar o número de Bombeiros habilitados para a condução de viaturas pesadas.


Salienta-se ainda a constituição de uma equipa de mergulho e de uma equipa de salvamento em grande ângulo e a garantia para o financiamento para a aquisição do equipamento, “que, pode-se dizer, é dos melhores na categoria”; a renovação da frota de veículos nas diferentes tipologias (VECI, VDTD, ABSC, VFCI); e o investimento na manutenção, transformação e reparação da frota existente.


“No futuro próximo estão ainda por chegar os 70 EPI de combate a incêndios urbanos, devidamente completos e adaptados a cada um dos Bombeiros, cujo valor global se centra nos 104.000,00€ e foi assumido pela Autarquia. Está também garantida por parte da Autarquia a aquisição, em 2026, de um VLCI Florestal e de um VLCI Rural (380.000,00€), em 2027, um VFCI (252.000,00€) e em 2028, um VTTF (283.000,00€). Estas viaturas são financiadas em 60% por fundos comunitários e em 40% pelo Município.”


Destaca-se também a presença da AHBVS “nos eventos, tanto de angariação de fundos com bares próprios, ou exploração de estacionamento, como em atos protocolares para as quais foi convidada.”


Em conclusão, a Direção considera “notável e gratificante o caminho percorrido e os objetivos alcançados” mas, “no entanto, dada a fase a que chegamos e ao voluntariado exigido aos órgãos sociais de uma Associação como a nossa, cujo número de sócios ascende a 1500, o número de trabalhadores ronda os 50 e o nível de exigência imposto é considerável, assim como os motivos de saúde invocados pelo Presidente da Direção para a sua saída”, levaram à tomada de decisão apresentada.


No final, deixam “um agradecimento a todos com quem nos cruzamos neste caminho e que contribuíram para elevar a nossa Associação e Corpo de Bombeiros, com um particular obrigado aos membros que integraram os Órgãos Sociais e o Corpo de Comando. Aos Bombeiros expressamos o nosso respeito e gratidão pela missão a que dão corpo, pelas horas dedicadas ao serviço público, pela coragem e resistência, podem sempre contar connosco. Aos Sócios, Trabalhadores, empresas, entidades individuais e públicas, a todas quantas nos ajudaram e estiveram presentes nesta caminhada, um especial agradecimento pelo apoio incondicional.”


Fonte: www.terraruiva.pt

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