Seis bombeiros ficaram feridos e um autotanque parcialmente queimado no incêndio que deflagrou, este domingo, numa zona de mato em Alcabideche, concelho de Cascais. As chamas começaram num terreno junto ao pavilhão desportivo de Murches e estão a subir em direção à serra. Um morador foi assistido por inalação de fumo.
Um bombeiro sofreu um por traumatismo de membro inferior, outro sentiu desconforto toráxico e quatro elementos foram transportados para unidade hospitalar "por cansaço".
"São feridos leves, têm queimaduras leves e vão ser transportados para a unidade hospitalar de Cascais, mas ainda é necessário fazer uma avaliação prévia", explicou, à CNN, Pedro Araújo, comandante dos Bombeiros de Parede. "O incêndio ainda não está dominado e tem uma frente ativa. É um incêndio que está a ser favorecido pelo forte vento que se faz sentir e estamos a posicionar meios na cabeça do incêndio, nesta frente que continua ativa, com vista a dominá-la o mais rapidamente possível. Está a arder mato com intensidade. Os feridos são resultantes do veículo de bombeiros que ardeu".
Há algumas casas e um lar de idosos próximos. O alerta do fogo em Alcabideche, no concelho de Cascais, chegou às 12.20 horas e, de acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), os meios inicialmente mobilizados já foram reforçados, estando, no local, 240 operacionais apoiados por 69 viaturas e seis meios aéreos. A zona fica próxima do mar e, por isso, "é normal que haja vento e que o incêndio percorra alguma velocidade no seu desenvolvimento. Assim, acionámos os meios por precaução", disse a mesma fonte da ANEPC à Lusa. O vento está bastante forte.
O presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, explica que a ignição aconteceu num terreno de mato nas traseiras do pavilhão desportivo de Murches e que, neste momento, as chamas sobem direção à serra de Sintra, embora ainda estejam afastadas da serra. A coluna de fumo é visível a grande distância.
"Todas as situações que tenham a ver com incêndios e ainda para mais próximos de aglomerados urbanos preocupam sempre. Está próximo de algumas casas, mas não de grandes aglomerados urbanos. Essas casas estão a ser protegidas. A situação que se coloca de maior preocupação é de que evolua para junto de uma residência de idosos. Neste momento, está tudo preparado para alguma eventualidade que possa surgir, nomeadamente de evacuação que possa ser necessária", explicou, cerca das 14.30 horas, Carlos Carreiras, apelando a que a população não se desloque ao local, "porque só complica o trabalho de quem está a combater o incêndio. Não irão ajudar nada". Entretanto, já foram retirados alguns moradores mais idosos de algumas casas por causa do fumo intenso no local.
JN
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