GNR e Cruz Vermelha em Exercício de Grande Amplitude nas Cascatas do Gerês - VIDA DE BOMBEIRO

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domingo, 14 de janeiro de 2024

GNR e Cruz Vermelha em Exercício de Grande Amplitude nas Cascatas do Gerês

 


Um exercício de grande amplitude está a decorrer, desde o início da tarde deste sábado, nas chamadas Cascatas do Tahiti, do Gerês, realizado pela Delegação de Rio Caldo da Cruz Vermelha Portuguesa, para testar os procedimentos dos seus formandos, uma ação inspirada num caso real ocorrido há mais de 20 anos e que foi a morte de um casal naquelas cascatas.


A iniciativa, em parceria com a Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) da GNR, visa melhorar as capacidades para intervenção dos socorristas da Cruz Vermelha, em face do elevado número de sinistros, alguns mortais, naquelas cascatas.


O exercício consiste no suposto salvamento de um casal que inesperadamente teria caído da ponte onde se miram as Cascatas do Tahiti, precipitando-se nas pedras lisas sob o rio Arado, numa zona de acentuado declive do curso fluvial da zona geresiana.


A ação está a realizar-se à volta da Cascata de Várzeas, penedia irradiada pela água do rio Arado, no lugar de Fecha de Barjas, situada nas imediações da aldeia típica de montanha da Ermida, na freguesia de Vilar da Veiga, concelho de Terras de Bouro.


Drones incluídos no exercício


O exercício inclui a utilização por ambas as forças de socorro de drones (aeronaves não tripuladas), mais-valia que é cada vez mais utilizada, especialmente em ambientes longínquos de montanha, para a mais rápida deteção de turistas perdidos no Gerês. 


De manhã houve formação teórica, do subchefe. de primeira classe Frederico António, dos Bombeiros Sapadores de Leiria, depois de uma sessão de abertura, que esteve a cargo do coordenador nacional de Emergência da Cruz Vermelha Portuguesa, o médico Gonçalo Órfão.


No exercício estão dois cães pisteiros de busca e resgate, da raça pastor belga, com os seus dois tratadores, o subchefe de primeira classe Frederico António e o subchefe de segunda classe Hugo Afonso, ambos dos Bombeiros Sapadores de Leiria.


Várias delegações da Cruz Vermelha presentes


A nível da Cruz Vermelha Portuguesa estão socorristas das Delegações de Rio Caldo, Gerês, Terras de Bouro, Amares, Coimbra, Madeira e Área Metropolitana de Lisboa.


Durante a manhã, o médico João Barata, do Serviço de Urgência do Hospital Geral de Santo António, no Porto, deu as Noções Básicas de Medicina de Montanha, seguindo-se a apresentação do Posto de Busca e Resgate em Montanha no Gerês da GNR.


Da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro estão o comandante da Companhia de Intervenção de Proteção e Socorro, com sede em Lisboa, o capitão Filipe Costa, e o comandante da Companhia 11, sediada em Braga, o capitão Francisco Calejo.


A UEPS dispõe há dois anos, no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), de um Posto de Busca e Resgate em Montanha, aquartelado na Vila do Gerês, que é comandado pelo sargento-ajudante Miguel Caridade, com quase duas dezenas de militares.


O coordenador regional do norte de Emergência da Cruz Vermelha Portuguesa, Henrique Santos, também está envolvido nos trabalhos, iniciados com a organização local do exercício, pelo coordenador da Delegação de Rio Caldo da CVP, Jacob Alves.


Preparação mais sólida da CVP


Em declarações a O MINHO, Jacob Alves revelou que recentemente cinco socorristas da CVP de Rio Caldo concluíram uma formação de busca e resgate em montanha, nos Bombeiros Sapadores de Leiria, pelo que se avançou para trabalho no terreno.


“O objetivo é essa parte do currículo de atuação em montanha constar da formação inicial de base a todos os futuros socorristas, num curso a iniciar em breve, mas também aos atuais socorristas desta delegação, que são cerca de 50”, explicou Jacob Alves.


Segundo o coordenador da Delegação de Rio Caldo da Cruz Vermelha Portuguesa, Jacob Alves, “há muitos anos que nós aqui já trabalhamos em contexto de socorro em montanha, com resgates e buscas, mas queremos obter uma formação mais sólida”. 


A Delegação de Rio Caldo da Cruz Vermelha Portuguesa completará 40 anos de existência no próximo ano de 2025, tendo já alargado o seu raio de ação para as zonas mais inóspitas do Parque Nacional da Peneda-Gerês, daí fazer o exercício desta tarde.


Os Bombeiros Voluntários de Terras de Bouro também participam ativamente nas operações em ambiente de montanha, não só em resgates dos sinistrados nas cascatas, como nas buscas aos perdidos na imensidão da penedia geresiana, tal como a GNR.


O Minho

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