Os bombeiros de Azambuja pedem ajuda ao Governo para solucionar um problema com quase dois meses.
Os voluntários de Azambuja necessitam de uma veículo de desencarceramento, e numa carta enviada à secretária de estado da Proteção Civil, lamentam que o Governo, depois dos incêndios de Pedrógão, tenha focado a sua atenção apenas nos incêndios.
Ora Azambuja é atravessada por uma Estrada Nacional muito movimentada e a aguardar melhorias, e também pela ferrovia.
Os bombeiros recordam que a a isto se juntam “os inúmeros armazéns de logística”, cujo volume de pesados tem levado “a muitos acidentes rodoviários com gravidade”, exemplo do que aconteceu nas últimas semanas. A “fusão do Serviço Nacional de Bombeiros com o Serviço Nacional de Proteção Civil levou a um completo abandono daquilo que era o programa nacional de substituição”.
Os bombeiros de Azambuja recordam que nos dias que correm, “os veículos novos que chegam aos corpos de bombeiros não são comprados com dinheiro do Orçamento de Estado” mas sim através de fundos comunitários.
Nesta missiva, assinada pelo comandante Ricardo Correia, é lembrado o facto de que “o corpo de Bombeiros de Azambuja está há uma década sem veículo de desencarceramento e o que se encontra nessas funções, está avariado desde o dia 6 de maio, passam hoje exatamente 58 dias”.
O responsável lamenta o estado a que a situação chegou e recorda que, nesta altura, os bombeiros transportam o material no valor de quase 200 mil euros numa carrinha de caixa aberta “como se de repente tivéssemos andado 50 anos para trás, a diferença é que a caixa aberta não é uma carroça e não é puxada por cavalos”.
Na última assembleia municipal, o presidente da junta de Azambuja, André Salema, também ele antigo bombeiro e presidente da direção, levou este assunto à tribuna. André Salema pediu ajuda à Câmara de Azambuja, dando conta da necessidade urgente em contatar o Governo e empresas para que possam ajudar os bombeiros a adquirir esta viatura, que terá um custo aproximadamente de 200 mil euros.
Silvino Lúcio, presidente da Câmara, disse conhecer o assunto há pouco tempo e garantiu que vai marcar uma reunião com os responsáveis da tutela para verificar o que se pode fazer nestas circunstâncias.
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