Dois bombeiros da corporação de Penalva do Castelo, no distrito de Viseu, e um médico do INEM ajudaram, na manhã de quinta-feira, o pequeno Martim a nascer. O parto ocorreu na Estrada Nacional 329, numa ambulância do corpo de bombeiros.
O alerta para uma grávida, de 25 anos, em trabalho de parto, da freguesia de Sezures, chegou à central da corporação às 8.30 horas. O bebé nasceu uma hora depois em cima da ponte que liga Penalva do Castelo ao concelho vizinho de Mangualde.
"Nós fomos acionados para uma grávida já com contrações de três em três minutos, com rebentamento da bolsa. À nossa chegada confirmamos que já tinham rebentado as águas, as contrações já estavam de um em um minuto", explicou ao JN Cátia Damil, bombeira que participou no nascimento do pequeno Martim, que tem um irmão de cinco anos.
"Iniciámos transporte para nos encontrarmos com a VMER [Viatura Médica de Emergência e Reanimação] no caminho. À chegada da VMER a senhora continuava com contratações e seguimos para o Hospital de Viseu visto ser uma grávida de 35 semanas", continuou.
Segundo Cátia Damil, a meio do caminho a mulher "começou a dizer que estava a dar conta que o bebé estava a sair". "Quando observámos a mãe, o bebé já estava cá fora e começou logo a chorar. Ele vinha com muita pressa de nascer, mas graças a Deus correu tudo bem", contou.
Os dois bombeiros de Penalva do Castelo e o médico do INEM assistiram no que puderam. Ao constatar que a criança "estava bem" e a chorar, o que era já "um bom sinal", cortaram o cordão umbilical, limparam o bebé, vestiram-no, para ele não perder calor, e entregaram-no à mãe que, entretanto, também foi "aconchegada".
Após o parto, mãe e o recém-nascido seguiram para o Hospital de Viseu, onde já tinham uma equipa de profissionais de saúde à sua espera.
Este foi o primeiro parto de Cátia Damil, de 27 anos, bombeira há 13. "Foi muito bom é uma sensação e uma experiência únicas. O Martim ajudou porque fez tudo sozinho", frisou.
"Não é o primeiro parto da corporação, mas já há muitos anos que não tínhamos um nascimento numa ambulância", acrescentou.
A bombeira contou ao JN que já mandou uma mensagem à mãe a perguntar se ela e o bebé estavam bem. Cátia quer agora acompanhar o crescimento do pequeno Martim de perto.
"Faço questão de tentar participar, se a mãe o deixar, na ligação com o Martim, primeiro porque foi o primeiro parto em que participei e porque o parto ocorreu na ambulância, é especial", rematou.
Fonte: JN
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