Emergência Pré-hospitalar dos Pobres - VIDA DE BOMBEIRO

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quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Emergência Pré-hospitalar dos Pobres

 



A divagação do mês (não sei se fica por aqui)


Emergência pré-hospitalar dos pobres


Nas últimas semanas fomos confrontados com duas notícias, uma foi a assinatura de um novo protocolo com o INEM, e outra foi que as Ambulâncias do INEM passariam a ter equipamentos com envio de ECG em situações de emergência.


Logo assistimos nas redes sociais a lamentos, por um lado aqueles que se sentem excluídos do investimento, que apesar de ser publico somente serve alguns, e por outro lado o mediatismo publicitário num Instituto como se houve-se nesta colocação de equipamentos uma grande novidade (será para alguns de certeza).


Em relação ao protocolo que o INEM assinou com os ditos parceiros, mas que pelos vistos não foram perdidos nem achados no mesmo (é o problema da representatividade institucional), lá vão receber uma melhoria financeira, mas que fica a quem do necessário para que realmente a prestação do socorro seja sustentável (basta fazer contas), mas que havemos de fazer, umas migalhas sempre dão jeito.


No entanto verificamos, e mais uma vez, que não existe interesse na melhoria da assistência no pré-hospitalar, e por esta via não interessa uma cada vez maior diferenciação dos técnicos, como tal será possível, se o valor pago não garante sequer uma profissionalização adequada e uniforme. No entanto lá vamos ter alguns cidadãos (nos grandes centros urbanos) terão acesso a este novo recurso que é a telemetria do ECG, algo que aparece como uma grande novidade, mas que realmente é uma solução mais antiga do que o sistema, somente tardou a chegar ao INEM, pelo menos nas usas Ambulâncias de Emergência, bom mas vale a pena dizer isto ou aquilo, afinal menos de 12% da população terá acesso a este recurso. Só espero que não seja como se vê em alguns casos, em que ditos Dr. Tiram fotografias ao ECG para enviar por WhatsApp para o CODU (é a tecnologia portuga no seu melhor).


Bom, deixemo-nos de tretas e pensemos, equipar 2500 ambulâncias com este tipo de equipamento, custaria uns milhões, não existindo interesse em que este investimento exista, foca mais uma vez o socorro nas mãos das entidades detentoras dos meios de socorro, que não é o INEM, mas que garantem o socorro na generalidade do país. Portanto continuemos a tripular carrinhas amarelas, vermelhas e brancas, por para alguns é o suficiente desde que façam “TI-NO-NI”.


Um abraço, e continuem nos “TI-NO-NI”, que pelo menos havemos de chegar a um hospital.


Nelson Teixeira Batista 

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