“Estamos muito aflitos”. É desta forma que capitão Miguel Ferreira, presidente da direção dos Bombeiros Voluntários de Braga, classifica a observância em relação aos processos burocráticos que permitam a construção de um novo quartel, localizado em S. Paio de Arcos.
Em declarações a O MINHO, o responsável explica que o novo espaço já deveria estar a ser erguido, conforme acordado com a empresa que fará a construção, mas a parte burocrática tem levado mais tempo que o esperado, e está a deixar os bombeiros à beira de um ataque de nervos.
“Tudo isto tem um enquadramento legal, claro, e eu tento explicar isso. O processo tem andado em todas as entidades governamentais, regionais, nacionais, mas começou logo com problemas relativamente ao PDM e ao loteamento. Isto é uma burocracia que não acaba nunca e precisamos de construir”, desabafa.
“A culpa não se pode dizer que é da Câmara, porque o processo passa por várias entidades, desde a CCDR-N, Governo, entre outras, e todas elas têm de dar pareceres, escrutinar, e o quartel nunca mais”, explica.
Recorde-se que o novo quartel vai ser construído por uma empresa privada, que suportará os custos da construção, recebendo em troca o edifício onde está atualmente localizada sede dos bombeiros, no Largo Paulo Orósio, no centro histórico da cidade.
“Não me parece que o privado vá desistir da obra, apesar do atraso, porque temos mantido contacto, mas torna-se difícil porque o preço dos materiais tem vindo a subir nesta fase pós-pandemia e isso pode dificultar”, considerou.
Apesar de já se falar em greves nos bastidores do quartel, Miguel Ferreira garante que, para já, isso não irá avante. “Vamos esperar uns dias a ver se estes alertas públicos surtem efeito”, finalizou.
Fonte: O Minho
Sem comentários:
Enviar um comentário