Portugal está a viver o ano com o menor número de incêndios desde 2011 e o segundo com menor área ardida da década, informou o Ministério da Administração Interna. Entre 1 de janeiro e 31 de agosto houve 6.672 incêndios rurais - menos 47% relativamente à média anual da década, que se cifra nos 12.528.
"Os 6.672 incêndios resultaram em 25.961 hectares de área ardida, que correspondem a menos 68% de área ardida relativamente à média anual (79.947 hectares) do período 2011-2021 entre janeiro e agosto", lê-se na nota do Governo. Os dados provisórios, divulgados esta quarta-feira, foram recolhidos pelo Sistema de Gestão de Informação dos Incêndios Florestais (SGIF).
O Ministério da Administração Interna acrescentou que 82% dos fogos rurais de 2021 tiveram uma área ardida inferior a um hectare, tendo-se registado 30 ocorrências com uma área ardida igual ou superior a 100 hectares e dois com dimensão igual ou superior a 1000 hectares.
Estes últimos, prosseguiu a mesma fonte, "foram responsáveis por 56% (14.660 hectares) do total da área ardida desde o início do ano".
Tendência de diminuição
O Governo destacou que os dados provisórios dão conta de uma descida do número de incêndios rurais pelo quarto ano consecutivo. No período homólogo de 2018 houve 8.525 fogos rurais, no de 2019 o número desceu para 7.799 e, no de há um ano, caiu para 6.903. O pior ano da década neste parâmetro foi 2012, quando se registaram 19.071.
Quanto à área ardida, até ao fim de agosto de 2021 houve 25.961 hectares consumidos pelas chamas. Em 2018 tinham sido 36.923, número que caiu para 28.516 no ano seguinte. No entanto, em 2020 voltaria a subir, chegando aos 38.735 hectares.
Na última década, só em 2014 - com um total de 17.481 hectares ardidos nos primeiros oito meses do ano - houve menos área ardida do que em 2021. O ano de 2017, marcado por grandes incêndios, foi o pior, com 236.485 hectares, seguindo-se o ano de 2013, com 130.393.
Fonte: JN
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