Com Vinhais, São 102 os Bombeiros que Morreram em 20 Anos ao Serviço - VIDA DE BOMBEIRO

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sábado, 24 de julho de 2021

Com Vinhais, São 102 os Bombeiros que Morreram em 20 Anos ao Serviço

 


Desde o ano 2000, perderam a vida 102 bombeiros portugueses em serviço, seja no combate aos incêndios, seja vítimas de acidentes quando estavam a cumprir missões. Só no ano de 2005, o pior nas últimas duas décadas, morreram 16 operacionais, segundo dados facultados ontem pela Liga de Bombeiros Portugueses (LBP) ao JN.


Os últimos dois bombeiros que morreram em trabalho foram Carlos Morais, de 22 anos, e Neuza Guedes, de 37, ambos do corpo ativo dos Voluntários de Vinhais. Faleceram ao final da tarde de anteontem na sequência de um acidente de viação com uma viatura pesada de combate aos incêndios florestais, quando se deslocavam para um fogo rural na freguesia de Travanca, cujo alerta tinha sido dado cerca de 15 minutos antes. "Não chegaram ao teatro de operações", lamentou João Afonso, responsável pelo Comando Distrital de Operações de Socorro de Bragança.


No mesmo veículo viajavam mais três bombeiros que ficaram feridos. O caso mais grave é o de uma mulher, com 44 anos, que está internada nos cuidados intensivos do Hospital de Vila Real, com prognóstico reservado, segundo fonte oficial da unidade de saúde.


Esta bombeira é a mãe de Rodrigo Ferreira, futebolista do Leixões, que já foi dispensado dos treinos para se poder inteirar do estado de saúde da progenitora. O clube de Matosinhos emitiu uma nota nas redes sociais a dar apoio psicológico ao atleta: "Força, Rodrigo. A família leixonense está contigo nesta luta". O jogador, de 19 anos, já está em Trás-os-Montes para acompanhar de perto a mãe, que se encontra em coma.


Dois feridos já tiveram alta


Na viatura despistada seguiam mais dois bombeiros, de 56 e 32 anos, considerados feridos ligeiros e que passaram a noite internados por precaução no Hospital de Bragança, mas acabaram por ter alta ontem.


A equipa de cinco operacionais dirigia-se para um incêndio florestal quando a viatura se despistou, capotou e resvalou por uma encosta de difícil acesso. O veículo de combate aos incêndios estava completamente equipado e era o mais recente dos Voluntários de Vinhais, tendo sido adquirido havia dois anos.


As mortes consternaram a população de Vinhais e provocaram reações de pesar do presidente Marcelo Rebelo de Sousa e do Governo, através do ministro da Administração Interna.


O município de Vinhais decretou três dias de luto e o Instituto Politécnico de Bragança decretou luto académico porque o bombeiro falecido, Carlos Morais, era aluno de Desporto da instituição.


Fonte: JN

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