Programa de Desfibrilhação Automática Externa Salva mais Uma Vida - VIDA DE BOMBEIRO

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quinta-feira, 24 de junho de 2021

Programa de Desfibrilhação Automática Externa Salva mais Uma Vida

 


Uma mulher de 80 anos de idade foi reanimada após ter sofrido uma paragem cardiorrespiratória numa superfície comercial em Tires. A utente foi prontamente socorrida por uma funcionária da loja, que iniciou de imediato manobras de Suporte Básico de Vida (SBV) com recurso a um Desfibrilhador Automático Externo (DAE). Este é mais um caso que demostra que os programas de Desfibrilhação Automática Externa salvam vidas.


Eram 10h34 do dia 16 de junho quando o alerta foi dado. Uma utente teria ficado inconsciente no interior de um supermercado, em Tires. Prontamente, uma funcionária da superfície comercial colocou em prática a sua formação. Sem demoras, ligou 112 e iniciou manobras de SBV. Como a superfície comercial detém um programa de DAE devidamente licenciado pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), rapidamente aquela utente em paragem cardiorrespiratória teve acesso a um DAE. Após analisado o ritmo cardíaco pelo aparelho, foram administrados dois choques que reverteram a paragem cardiorrespiratória, tendo a utente recuperado os sinais de circulação ainda antes da chegada da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital de São Francisco Xavier e da equipa dos Bombeiros Voluntários da Parede. A utente foi transportada ao Hospital de Cascais, consciente e orientada, e encontra-se a recuperar.


Este caso é conhecido pouco mais de uma semana depois do caso do jogador dinamarquês no jogo do Euro 2020. Duas situações que demostram a importância da instituição imediata de manobras de reanimação para reverter situações de paragem cardiorrespiratória.


Recorde-se que a morte súbita no adulto, na maioria das situações, é causada por uma arritmia cardíaca que impede o coração de bombear o sangue. O único tratamento eficaz para esta arritmia é a desfibrilhação elétrica que consiste na administração de choques elétricos ao coração parado, possibilitando que o ritmo cardíaco volte ao normal. Nestas situações, a probabilidade de sobrevivência é tanto maior quanto menor for o tempo decorrido entre o início da arritmia e a aplicação do choque elétrico (desfibrilhação), sobretudo se tiverem sido iniciadas imediatamente manobras de SBV.


Desde 2012 que é obrigatória a instalação de equipamentos de DAE em locais de acesso público que cumpram determinados requisitos, nomeadamente nos estabelecimentos comerciais de dimensão relevante, aeroportos e portos comerciais, estações ferroviárias, de metro e de camionagem com fluxo médio diário superior a 10 mil passageiros e recintos desportivos, de lazer e de recreio com lotação superior a 5 mil pessoas.


O número de utilizações de DAE, no âmbito do Programa Nacional de DAE do INEM, ascendeu às 8.822 em 2020. Em 711 dessas utilizações, foi recomendado pelo equipamento a administração de pelo menos um choque, o que é demonstrativo de um número significativo de vidas salvas pela utilização do DAE.


Existem atualmente no nosso país, 2.720 programas licenciados pelo INEM, 3.132 equipamentos colocados em espaços públicos e 25.805 operacionais formados para os utilizar.


Com o empenho de toda a comunidade, nomeadamente dos municípios, empresas e de toda a sociedade civil, será possível continuar a melhorar a resposta a situações de paragem cardiorrespiratória, salvando-se mais vidas.


INEM

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