Os Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo (BVVC) passam a contar com mais 68 fatos de nomex, de proteção individual, após oferta, em maio, do Groupe de Secours Catastrophe Français (Grupo de Socorro em Catástrofe Francês) – uma equipa de bombeiros sapadores sediados na Normandia, no Norte de França -, num valor que ultrapassa os 20 mil euros.
Esta já não foi a primeira ajuda deste corpo de bombeiros profissionais, especializados em intervenção nos cenários de grandes catástrofes, como foi o caso muito recente da explosão no porto de Beirute, no Líbano, onde ainda continuam a atuar.
David Lourenço, presidente da Associação Humanitária dos BVVC, em declarações à Viana TV, afirmou que este vestuário “representa o melhor para os operacionais”, consolidando o objetivo de “estabelecer novas parcerias que possam levar a bom porto a atividade em prol da comunidade”.
Estes equipamentos de proteção individual, bastante caros, são fundamentais para combater incêndios “estruturais”, conforme adiantou o comandante da corporação minhota, Paulo Rodrigues, em declarações ao mesmo órgão de informação. “Tudo o que é para bombeiros, é caro. Sendo oferta, melhor ainda, porque assim poupa dinheiro à associação”, considerou o comandante.
O presidente da associação adiantou ainda que, o próximo passo na parceria, poderá passar pela formação para utilização de ‘drones’ no combate a incêndios e em situação de inundações, equipamentos a que os sapadores franceses estão já bastante familiarizados. “Esperamos grandes frutos para as duas partes”, disse David Lourenço.
O presidente explicou que “esta é uma corporação de sapadores, que intervêm em grandes catástrofes, diferente do que se faz em Portugal. É de louvar o trabalho que fazem, porque são operacionais que, nas folgas deles, fazem intervenções noutros países”.
A parceria surgiu depois de Gentil Martins – elemento da corporação francesa, nascido em Viana do Castelo – ter percebido que Portugal estava com algumas dificuldades a lidar com a covid-19, no início deste ano, conforme explicou em março último a O MINHO.
“Vimos em França a informação de que em Portugal a situação por causa da covid-19 estava muito má. Liguei à minha tia, que é da Areosa, para ir ver aos bombeiros se precisavam de alguma coisa. Ela foi aos Voluntários e disseram que precisavam de álcool gel e máscaras. Foi assim que aconteceu”, explica a O MINHO Gentil Martins, da organização francesa.
Gentil Martins nasceu na Areosa, em Viana do Castelo, e foi para França aos seis anos. O pai também fora bombeiro municipal na capital do Alto Minho.
Fonte: O Minho
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