O Governo tinha avisado e Costa anunciou hoje que os concelhos que se mantém em níveis de risco não avançam para a próxima fase de desconfinamento.
Sete concelhos não avançam para a terceira fase de desconfinamento no dia 19 de abril, anunciou esta quinta-feira António Costa, e há outros quatro concelhos em que as restrições vão mesmo ser agravadas.
Segundo explicou António Costa, não avançam para a terceira fase Alandroal, Albufeira, Beja, Carregal do Sal, Figueira da Foz, Marinha Grande e Penela .
O primeiro-ministro explicou ainda que voltam às regras anteriores da primeira fase de desconfinamento Moura, Odemira, Portimão e Rio Maior, por estarem neste momento com mais de 240 casos por 100 mil habitantes.
Neste concelhos voltam a fechar as esplanadas e a venda ao postigo, por exemplo. Contudo, não só as escolas não voltam a fechar, como a reabertura para o ensino presencial no secundário e superior avança, tal como no resto do país.
Para estes 11 vai existir a proibição de circulação para fora do concelho , salvo para as exceções já conhecidas. "Nessas exceções não existe ir às compras noutro concelho, nem ir a um restaurante noutro concelho", explicou António Costa. A proibição de circular para fora do concelho aplica-se todos os dias, e não apenas ao fim-de-semana.
Há ainda 13 concelhos que estão em situação de risco e que devem sair desse estado nos próximos 15 dias para evitar a mesma sorte, nomeadamente Aljezur, Almeirim, Barrancos, Mêda, Miranda do Corvo, Miranda do Douro, Olhão, Paredes, Penalva do Castelo, Resende, Valongo, Vila Franca de Xira, Vila Nova de Famalicão.
Por outro lado, o primeiro-ministro congratulou-se com o facto de os concelhos de Borba, Cinfães, Figueiró dos Vinhos, Lagoa, Ribeira de Pena, Soure, Vila do Bispo e Vimioso terem conseguido baixar da taxa de 120 casos por cada 100 mil habitantes, podendo assim passar à próxima fase de desconfinamento dentro de quatro dias.
Realidade vem sempre ter connosco
"É preciso compreender que o conjunto das medidas não são prémios nem castigos, são medidas de saúde pública, adotadas para a segurança das próprias populações, segurança de cada uma das pessoas e segurança de todos. É simplesmente a adequação da vida e das formas de viver à situação da pandemia nestes concelhos", explicou o primeiro-ministro.
António Costa fez questão de expressar a sua solidariedade com as populações afetadas e sobretudo com os autarcas. "Conto com eles e eles sabem que podem contar com o Governo para travarmos em conjunto esta batalha. Mas eles nunca perdoariam ao Governo fechar os olhos, fingir que não conhecíamos esta realidade e daqui a 15 dias estar aqui com uma situação mais grave."
"Há uma coisa que tem de ficar clara. As medidas existem em função da realidade da pandemia e aquilo que nos permite ter o retrato mais claro é precisamente a testagem massiva. Não ganhamos nada em não conhecer a realidade porque ela vem sempre ter connosco, e se não for desta forma mais benigna, chegará da forma mais dolorosa, com pessoas a falecer, a ter cuidados hospitalares, entrar nos cuidados intensivos e sofrer danos irreparáveis à sua saúde", disse ainda António Costa.
Fonte: Renascença
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