Vereador da Câmara de Lisboa demite-se após polémica com vacinas - VIDA DE BOMBEIRO

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Vereador da Câmara de Lisboa demite-se após polémica com vacinas

 


O vereador da Câmara de Lisboa Carlos Manuel Castro apresentou, esta terça-feira, a renúncia ao cargo, aceite de imediato pelo presidente da autarquia, Fernando Medina, na sequência de uma alegada vacinação contra a covid-19 que não cumpria os critérios estabelecidos.


O vereador está envolvido numa polémica, por já ter sido vacinado contra a covid-19, enquanto responsável pelo pelouro da Proteção Civil, com sobras do processo de inoculação dos utentes dos lares da cidade.


Em comunicado, o município revela que "serão remetidos às autoridades competentes todos os elementos apurados relativos à participação da Proteção Civil no processo de vacinação dos lares para avaliação externa e independente dos mesmos". No mesmo texto, "o presidente da Câmara Municipal reitera a confiança no Comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros, no Comandante da Polícia Municipal e na Diretora Municipal de Higiene Urbana, cuja vacinação decorreu por determinação de superior hierárquico e na convicção do cumprimento de todas as normas".


O pelouro da Proteção Civil passará a ser assumido pelo vereador Miguel Gaspar.


"Nunca quis beneficiar de nada nem prejudicar ninguém. Não houve nenhuma pessoa de um lar da cidade, utente ou profissionais, a quem ficou por dar uma vacina. Restaram sobras, para as quais as palavras dos delegados de saúde eram, e são, objetivas: 'não se desperdiçam vacinas'. Agi sempre da melhor forma possível, procurando cumprir o meu trabalho com rigor, dando sempre o meu melhor", refere, na carta enviada a Fernando Medina, Carlos Manuel Castro.


O ex-vereador salienta ainda, na missiva que partilhou nas redes sociais, que a "medida foi validada por um Delegado de Saúde". "Estou inteiramente disponível para prestar todas as declarações às autoridades competentes de um trabalho que partilhei com dezenas de elementos da Saúde da cidade, além de centenas de pessoas de outras instituições que diretamente contribuem para a resposta do dispositivo da cidade", garante.


Carlos Manuel Castro iliba igualmente os restantes vacinados de qualquer responsabilidade. "A responsabilidade da vacinação dos dirigente municipais é da minha inteira responsabilidade, pois são pessoas, que dependendo diretamente de mim, como é o caso do RSB [Regimento de Sapadores Bombeiros] e da HU [Higiene Urbana], ou coordenando diretamente comigo o trabalho no terreno, como a PM [Polícia Municipal], são essenciais na estrutura municipal e indispensáveis no dispositivo de resposta à pandemia", defende.


"Desconsiderar ou ignorar por algum momento a importância do comando destas operações, nos vários setores, para não perder capacidade e eficácia de resposta, como se conta em Lisboa, seria e é um erro", sustenta.


Segundo a carta, é "por não querer que os serviços municipais percam o seu foco" que optou por apresentar a sua renúncia ao cargo. "Em Política, as palavras e os atos contam e só com responsabilidade correspondemos totalmente à missão pública que nos foi confiada", conclui Carlos Manuel Castro.


Fonte: JN

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