Os rostos da pandemia atravessam gerações. Pedro tem dez anos e esteve entre a vida e a morte por causa da covid-19.
Agora, conta à TVI como foi ficar internado durante três semanas no Hospital Dona Estefânia.
No primeiro dia que entrei no hospital, os médicos viram manchas na pele e quando soube que ia dormir no hospital , pensava que ia sair logo no dia a seguir. Mas não saí. Saí três semanas depois", começa por contar o menino de dez anos.
Pedro, que em cinco dias acabou por ser transferido para a Unidade de Cuidados Intensivos, relata os momentos de angústia em ouvir as outras crianças na enfermaria.
Todos os dias via crianças a passar mal. Crianças a gritar. Tive medo de adormecer e nunca mais acordar", relembra Pedro.
"Lembro-me das máquinas a apitar, de ouvir os enfermeiros a dizer que o medicamento não podia parar, que tinham de pôr um cateter. todos os dias levava uma pica na barriga, que era o que custava mais", prossegue a criança.
O menino acabou por receber alta e regressar a casa, mas com limitações, adiantam os pais.
José Pinto e Isabel Constantino, pais do Pedro, relatam os momentos de angústia vividos pela família do menino.
"Não é uma doença de uma pessoa, é uma doença de uma família", frisa José, relembrando que Pedro era uma criança ativa antes de ser infetado com covid-19, mas que atualmente não está fisicamente apto.
Subir escadas ou tocar flauta são dois exemplos das limitações de Pedro enumeradas pela família.
Fonte: TVI 24
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