Psicóloga Ajuda “Jovens” Bombeiros a Lidar e Enfrentar Futuros Traumas - VIDA DE BOMBEIRO

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Psicóloga Ajuda “Jovens” Bombeiros a Lidar e Enfrentar Futuros Traumas

 


É a grande novidade na edição deste ano da escola de cadetes e infantes dos Bombeiros Voluntários de Viseu. A instrução dos “futuros” soldados da paz conta neste novo ano letivo com a ajuda de uma psicóloga que está a preparar os juvebombeiros para enfrentar traumas que possam ganhar depois de irem para o chamado teatro de operações. 


Todos os domingos os 25 alunos da escola concentram-se na sede da corporação durante duas horas, das 10h00 às 12h00. Aprendem e treinam com os instrutores, bombeiros mais velhos, técnicas de suporte imediato de vida, mas também a combater incêndios urbanos e florestais. 


Este ano há mais uma aula, com uma psicóloga “onde é trabalhada a parte da intervenção, o trauma” que pode surgir em determinadas operações de socorro que muitas vezes ficam gravadas na memória dos operacionais “para o resto da vida”.


“É importante [este trabalho] porque às vezes aquelas primeiras ocorrências ficam gravadas nas nossas memórias e mesmo que a gente tente, por mais forte que seja, é sempre difícil de esquecer. E então é preciso fazer aqui um trabalho de retaguarda e dar um conjunto de ferramentas que que os irão ajudar”, explica o comandante dos Voluntários de Viseu, Rui Leitão, que acredita que este apoio pode ser “muito importante na vida de um bombeiro.”


Projeto retomado

A escola de cadetes e infantes da corporação reabriu portas há um mês e meio. Esteve parada até há pouco tempo devido à pandemia, mas como as crianças e jovens manifestaram “uma vontade enorme” de voltar ao quartel e “sentiam falta dos bombeiros”, a associação humanitária decidiu retomar o projeto, mas cumprindo todas as normas e regras de segurança. 


O medo do novo coronavírus não afastou os “futuros operacionais”. A escola regista um “aumento residual de crianças”. É frequentada por mais de duas dezenas de alunos dos seis aos 17 anos. Depois dos cadetes e infantes vem a escola de estagiários, que os possibilita a entrada no corpo ativo. 


Rui Leitão garante que não é difícil atrair os mais novos para a corporação, apesar destes já estarem envolvidos em mais atividades (escola, futebol, música) e desta participação envolver um esforço para eles, mas também para as suas famílias. 


“É mais fácil captar nestas idades ou na escola de estagiários”, frisa. 


A maioria dos “juvebombeiros” são filhos ou familiares de elementos do corpo de bombeiros. Há, no entanto, casos de crianças que se alistaram e que “não têm nada que ver com os bombeiros”. 


“Além da formação e instrução que ministramos, isto é uma escola de valores para as crianças, para a vida particular de cada uma. A nossa intenção é fazer parte da sua educação e do crescer saudável delas”, remata Rui Leitão. 


Fonte: Jornal do Centro

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