A pandemia de covid-19 representou até agora um "esforço enorme" para a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), admitiu André Fernandes, que hoje tomou posse como novo comandante da instituição.
"Veio condicionar a gestão da emergência da pandemia, que levou a um esforço enorme da nossa estrutura, mais uma vez com a coordenação nacional, distrital e a articulação com os municípios e diferentes agentes", afirmou André Fernandes, que até à data ocupava o cargo de segundo comandante da ANEPC. Com a sua ascensão ao posto mais alto, a posição de segundo comandante passa a ser detida por Miguel Cruz, que também foi hoje empossado.
Questionado sobre os desafios para o futuro imediato, o novo comandante da Proteção Civil vincou a expectativa de manter uma linha de continuidade no trabalho que tem sido desenvolvido recentemente e a articulação com as mais diversas entidades, mas, "acima de tudo, garantir através da Proteção Civil a coordenação e a condução das operações de socorro necessárias para a salvaguarda da vida dos cidadãos".
Paralelamente, realçou que a ANEPC vai cumprir a sua adaptação ao sistema integrado de gestão de fogos rurais, assegurando um "papel central dos corpos de bombeiros", que considerou inclusivamente como "braço armado" da instituição.
A tomada de posse foi presidida pela secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, que enalteceu a estrutura da ANEPC pelo trabalho efetuado nos últimos anos, "sobretudo nos últimos nove meses num contexto inédito e que tem exigido imenso a esta casa". Ato contínuo, vincou o seu orgulho, defendendo que a Proteção Civil "tem estado à altura" e deu "provas da sua resiliência".
A governante elencou ainda dois desafios mais abrangentes para a ANEPC no contexto nacional e europeu no futuro próximo, onde se vislumbram "missões complexas" para o país.
"Estamos a escassos dias de começar a presidência portuguesa da União Europeia e será também um desafio à Administração Interna. Temos esperança de que nos próximos seis meses possamos deixar a nossa marca -- temos dossiers complexos e um árduo trabalho pela frente", referiu, salientando também o trabalho na definição de uma "nova estratégia para a década".
Portugal contabiliza pelo menos 4.803 mortos associados à covid-19 em 312.553 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O país está em estado de emergência desde 09 de novembro e até 08 de dezembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado.
Fonte: Noticias ao Minuto
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