Nem sempre os serviços do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) são notícia pelos piores motivos. Que o diga Filipe Pinto, Técnico de Emergência Pré-hospitalar da Ambulância de Emergência Coimbra 1, que no passado dia 23 de setembro vivenciou uma experiência que viria a ser notícia no dia seguinte.
No final dessa manhã, acompanhado pelo colega Luís Santos, foi acionado para uma situação de gravidez numa zona de difícil acesso de Coimbra, a ponto de ter sido até acionado o Motociclo de Emergência, na esperança de tornar as distâncias mais curtas e o socorro mais rápido.
Mas mesmo com a ambulância estacionada longe da ocorrência, e após conquistarem três lanços de escadas de um prédio sem elevador, Filipe e Luís estariam no local e hora exatos para ajudar a nascer o filho de um casal estrangeiro, com pouca ou nenhuma facilidade de comunicação em Português.
Entre muitos gestos e tentativas de comunicação, o bebé foi entregue à mãe, de boa saúde, e pronto para ser avaliado na Maternidade. Só nessa altura é que os colegas se aperceberam que, à porta de casa, se encontrava o TEPH da MEM, a postos para intervir. “Estávamos tão compenetrados e concentrados que, só no final de tudo é que se foi abrir a porta ao colega”, explicou.
Nas palavras de Filipe: “Foi tudo carregado de emoções e fiquei com o sentimento de dever cumprido e um orgulho imenso em ser o que sou. Com estas situações, e desfechos como este, mais vontade tenho em vestir esta farda e com mais vontade fico em trabalhar e servir o próximo… Para que outros possam viver.”
INEM
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