A Fénix – Associação Nacional de Bombeiros e Agentes de Proteção Civil - defende que chegou o momento de a profissão/actividade de bombeiro ser reconhecida como de risco. A tomada de posição surge no momento em que os técnicos de emergência pré-hospitalar do INEM foram distinguidos com o subsídio de risco.
À RUM, Carlos Silva, presidente da Fénix, reconhece que o subsídio "foi bem atribuído, " contudo, considera desigual que os bombeiros não sejam, uma vez mais "compensados". De acordo com o responsável, os bombeiros portugueses executam mais de 80% das emergências pré-hospitalares e estão na linha da frente no combate à pandemia de Covid-19.
"O modelo de proteção civil actual em Portugal está completamente esgotado", declara Carlos Silva que classifica esta problemática como "estrutural". Um dos resultados desta falta de actualização é a diminuição do número de voluntários.
Actualmente, os bombeiros continuarem com falta de equipamentos e formação. Questões antigas que apesar de serem debatidas continuam sem soluções à vista.
A título de exemplo, Carlos Silva explica que o Instituto Nacional de Assistência Médica (INEM) criou no seu instituto o curso de técnico de emergência pré-hospitalar com uma carga horária que passa as 900 horas. Já os bombeiros têm um curso de apenas 210 horas.
Ora, "por força dos mais de 80% dos serviços de emergências pré-hospitalares que os bombeiros operam, têm de ter a mesma formação", ou seja, as 900 horas.
Segundo Carlos Silva estão agendadas várias reuniões, inclusive, com o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.
Fonte: Rum.pt
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