Vento e Calor Deixam País em Estado de Alerta até Terça-feira - VIDA DE BOMBEIRO

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segunda-feira, 27 de julho de 2020

Vento e Calor Deixam País em Estado de Alerta até Terça-feira


O Governo determinou a declaração da situação de alerta em todo o território continental, na segunda-feira e na terça, devido ao perigo de incêndio.

Com o incêndio de gigantescas proporções ainda a lavrar em Oleiros, Sertã e Proença-a-Nova, que causou a morte de um bombeiro e vários feridos, e face às condições meteorológicas adversas previstas para os próximos dias, que apontam para um significativo agravamento do risco de incêndio rural, todo o território de Portugal continental está hoje em situação de alerta, que se prolongará até às 23.59 horas de amanhã.

A medida foi decretada pelos ministros da Administração Interna e do Ambiente, por se esperarem temperaturas acima de 33º graus no interior, que podem exceder 39º no interior centro e do Alentejo. O vento será forte.

Ontem, o ministro da Administração Interna assegurava “todos os esforços” no incêndio de Oleiros, Sertã e Proença-a-Nova, que começou no sábado, com prioridade na proteção das populações, admitindo a mobilização do dispositivo até amanhã ou quarta-feira. Eduardo Cabrita salientou que a prioridade agora é “o ordenamento florestal, uma responsabilidade de todos os portugueses, e tem a ver com uma dimensão de transformação da floresta que tem de ser prosseguida todos os dias e levará a anos de intervenção”, respondendo ao presidente da Câmara de Oleiros, Fernando Jorge, que disse que o incêndio arde numa área atingida pelo fogo de 2003, que, entretanto, “cresceu desordenadamente e estava já um pinhal denso e forte”.

Trabalhos rurais proibidos

O ministro da Administração Interna avançou também ontem que vão ser proibidos todos os trabalhos rurais até às 24 horas de amanhã e que os incêndios registados nos últimos dias se devem a “atividades evitáveis”. “Temos verificado mais uma vez nos últimos dias que grande parte dos incêndios são evitáveis. Nesta semana, o incêndio de Vale de Cambra começou com um churrasco, o incêndio de Vila Flor, no sábado, começou com trabalhos agrícolas, outros incêndios também foram fruto de atividades absolutamente evitáveis”, afirmou Eduardo Cabrita na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Carnaxide, Oeiras.

Satélite vai ajudar combate

A preocupação do maior incêndio registado ultrapassou fronteiras e a Comissão Europeia disse estar a “acompanhar de perto” o fogo florestal em Oleiros, tendo alocado apoio de satélite para o combate, a pedido de Portugal, disponibilizando mais assistência se necessária.

Em causa está o recurso aos mapas de satélite produzidos pelo Serviço de Gestão de Emergência Copernicus, para facilitar o combate ao fogo florestal, com este sistema europeu a fornecer informação geoespacial mais precisa para apoiar a Autoridade Nacional de Proteção Civil.

Entretanto, o presidente da República admitiu que a pandemia afetou a prevenção dos incêndios, tornando as condições de combate “difíceis”, sobretudo por se tratar de um verão muito quente. “Quanto à prevenção, ela sofreu, de facto, com a pandemia. Os meses que eram cruciais da transição da primavera para o verão acabaram por não existir”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

Recorde-se que, com Diogo Sousa, este mês já morreram três bombeiros em serviço. O primeiro foi José Augusto Fernandes, de Miranda do Corvo, que foi colhido pelas chamas, no dia 12. Seis dias depois, quando estava de vigilância a um incêndio, perdeu a vida Filipe Pedrosa, com um ataque cardíaco.

Fonte: Jornal de Noticias

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