Se ainda não conhece, em breve conhecerá alguém que esteve doente com a covid-19 e sobreviveu. O medo deste confronto pode tolher-nos.
Devemos estar cientes da covid-19 e do que podemos fazer para minimizar a propagação. Mas não devemos piorar a situação com discriminação e estigma. O estigma cria mais medo e insegurança. Traduz-se em rejeição e marginalização social, provoca a recusa de cuidados e, por vezes, instiga a violência física. Na doença mental, é um fenómeno antigo, mas perpetuado até aos nossos dias, que discrimina as pessoas com esta patologia, impedindo-as muitas vezes de procurar ajuda e tratamento adequado.
O estigma associado à covid-19 pode igualmente levar à ocultação da doença para evitar discriminação, impedir a procura de cuidados de saúde e desencorajar a adoção de comportamentos saudáveis.
Há várias formas de combater o estigma:
-Primeiro que tudo, chamar a atenção e falar sobre isto. As pessoas são discriminadas pela covid-19 e isto é errado.
-Educação e literacia. Os preconceitos diminuem quando há informação e os factos são obtidos a partir de fontes fiáveis.
-Contacto social. É a forma mais eficaz de quebrar estereótipos e criar expectativas positivas. Para cumprir o distanciamento físico que ainda se impõe, o contacto pode ser feito presencialmente, respeitando as medidas impostas - dois metros de distância, uso de máscara, regras de higiene - ou de forma virtual, usando as tecnologias atuais. Esta interação social vai-nos permitir ter uma imagem mais real da covid-19 e perceber que a pessoa é mais do que a sua doença.
O estigma não é justificável. O coronavírus afeta toda a gente. Esta é uma pandemia que temos de enfrentar como comunidade.
Fonte: JN
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