"Tempos difíceis virão." Presidente do INEM antecipa "quebra significativa das receitas" - VIDA DE BOMBEIRO

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domingo, 26 de abril de 2020

"Tempos difíceis virão." Presidente do INEM antecipa "quebra significativa das receitas"


Luís Meira admite que a pandemia pode adiar investimentos, pondera pagar mais aos bombeiros por transportes Covid e insiste que algum material pode ser reutilizado: "Não estamos numa situação normal".

Será um problema de todos os setores do país que ainda ninguém consegue prever com certeza, mas Luís Meira já antecipa que, depois de controlada a pandemia, venham “tempos difíceis” para o Instituto Nacional de Emergência Médica. O presidente do INEM prevê uma quebra nas receitas que pode pôr em causa alguns investimentos, ainda que seja “cedo para perceber exatamente”. Mas acredita que poderão ser encontradas boas soluções para manter a mesma assistência à população, que considera “excelente”.

No programa Sob Escuta da Rádio Observador (que pode ouvir na íntegra aqui), Luís Meira responde às críticas por causa da reutilização de algum material de proteção dos operacionais do INEM, que normalmente seria usado apenas uma vez. “Não estamos numa situação normal”, lembra, sublinhando que alguns dos componentes de proteção podem ser reutilizados “com toda a segurança” e que isso “pode e deve ser feito” sempre que possível. Uma necessidade tendo em conta a escassez deste tipo de material. Depois da dificuldade em conseguir fornecimento no mercado — mesmo ainda em fevereiro, quando começaram a ser feitas algumas aquisições — o INEM tem, nesta altura, stock de máscaras, viseiras, luvas e fatos, por exemplo, mas não eterno: “Estamos, eu diria, confortáveis — por alguns dias”, assume o presidente.

Parte do trabalho do Instituto tem sido, nesta altura, a recolha de amostras para testes em populações específicas, como lares ou hostels, por exemplo. Luís Meira revela que isso também começará a ser feito a guardas prisionais e outros funcionários das cadeias, numa medida que está a ser preparada entre os ministérios da Saúde e da Justiça.

Na entrevista, o presidente conta também que ainda não foram concluídos os processos disciplinares abertos na sequência da morte do psicanalista Carlos Amaral Dias, enquanto esperava por socorro. Garante que o caso serviu para melhorar os procedimentos e que isso acontece sempre quando alguma coisa corre mal.

Do Governo espera agora que cumpra a promessa de abertura da Delegação Regional do Algarve e diz que o processo de revisão da Lei Orgânica do INEM, que está “muito bem encaminhado”, tem de ser concluído o mais rapidamente possível.

Fonte: Observador

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