Vivemos momentos de incerteza e preocupação com um impacto inevitável na saúde mental.
Para que a fatura na saúde mental seja menor, o cérebro necessita de processar emocionalmente tudo o que está a vivenciar: identificar, regular e expressar as emoções. Em qualquer idade, a supressão emocional é perigosa para a saúde mental (e física), simplesmente evitar, como se não se sentisse "nada" perante tanto.
Encontrar um espaço de aceitação e expressão emocional é uma prática de saúde mental que potencia mecanismos de resiliência e de ação e previne efeitos secundários (ansiedade, depressão, desregulação emocional, problemas comportamentais), especialmente na vivência da adversidade. Por isso, incentive as crianças e os adolescentes a expressarem-se, sem crítica, compreendendo e aceitando o que pensam e sentem, para que desenvolvam melhores estratégias de regulação, expressão emocional e comportamentais.
Com as crianças mais pequenas, ter atenção às dificuldades de (in)compreensão do que se passa, incentivando-as a contarem e a perguntarem.
Na adolescência, pela fase de maturação cerebral e etapa psicológica e de construção da(s) identidade(s) que a caracterizam, há maior vulnerabilidade a perturbações e sintomatologia ansiosa e depressiva, daí que as competências emocionais sejam prioritárias e preventivas para a saúde mental, num contexto tão adverso e atípico.
PELA SAÚDE MENTAL, UM EXERCÍCIO EMOCIONAL.
Diariamente, numa tabela, registem as emoções que cada elemento da família sentiu ao longo do dia, desenhando ou escrevendo. Ajude os miúdos a identificar o que sentem, mostrando-lhes que é normal sentir várias emoções e que não há emoções certas ou erradas. Podem partilhar estratégias para lidar com as emoções registadas. Empatize com o que sentem, agradecendo a partilha.
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Rita Castanheira Alves, Psicóloga Clínica in JN
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