O coronavírus transformou as nossas vidas. De um lado, temos um grupo de portugueses, irresponsáveis, cujo comportamento roça a imbecilidade e a estupidez. Para esta gente o vírus é igual ao da gripe, a coisa vai passar mais dia, menos dia.
Ele é festas em discotecas, é ir a zonas de risco, é estar de quarentena e ir para a praia, enfim, comportamento de risco, sem respeito pela saúde dos outros. Depois há aqueles que acham que se está à beira do fim do mundo e é vê-los ir ao supermercado e comprar tudo o que podem, para se barricarem em casa. Existem os intelectuais, que neste momento querem discutir os limites constitucionais da lei, como se isso agora importasse.
Existe uma maioria silenciosa, que se está a comportar de forma consciente, que se vai inibir de comportamentos de risco e que, apesar do medo que sente, tenta não entrar em pânico.
Há os profissionais de saúde, que estão já muito desgastados, com poucos meios, mas que são a linha que nos separa do caos, e que por isso merecem a nossa admiração e respeito. Por fim os políticos de quem se espera medidas concretas, liderança.
Há que decidir, e se houver medidas duras, como a quarentena obrigatória, que a tomem o quanto antes. Isso é liderar e, nesta hora, precisamos de líderes.
Carlos Anjos in Correio da Manhã
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