Emergência Pré-Hospitalar Bombeiro – Parte I - VIDA DE BOMBEIRO

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quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Emergência Pré-Hospitalar Bombeiro – Parte I


Artigo de reflexão

Emergência Pré-Hospitalar Bombeiro – Parte I

Está na mente de todos, aliás difundidas por diversas vezes nos órgãos de comunicação social, um caso ocorrido recentemente com a morte de um doente, uma conhecida figura pública, dentro de uma ambulância que avariou e pela demora da chegada da que viria substituí-la.

Ora muito bem, as ambulâncias também podem adoecer, é uma realidade, mas lamentavelmente e pelo que mais uma vez é difundido pelos órgãos de comunicação social, a tripulação no local não teria os conhecimentos, a formação adequada nem a ambulância o equipamento exigido.

Não querendo fazer juízos de valor, até porque o que sei do caso é o que a comunicação social diz, não vou nem o quero comentar, no entanto há coisas que me aborrecem solenemente.

Devido a problemas de saúde com um familiar, tenho passado alguns dias pela urgência de um determinado e movimentado hospital na periferia da capital.

Obviamente que nem todos se encaixarão no que vou dizer a seguir, mas será que de uma vez por todas, os senhores gestores das associações de bombeiros e quem comanda não conseguem aprender, ouvindo as recentes notícias do que aconteceu a bordo de uma ambulância de bombeiros? Será que conseguem dormir sossegados, sabendo todas as leis e normas que estão a infringir deixando andar o atual estado da arte na emergência pré-hospitalar nos bombeiros? 

Será que já pararam para pensar quando algo correr menos bem, os processos crime que poderão estar sujeitos, e às indemnizações que poderão ter que vir a pagar? Hoje o comum cidadão não quer saber se foi o bombeiro enquanto voluntariamente desempenhou o seu papel, ou como profissional, as pessoas querem é ser bem socorridas e com qualidade. Estarão as associações a nadar em dinheiro para que possam pagar? E se tiverem que pagar quem assume a responsabilidade? Ah, pois, mais uma vez a culpa morrerá solteira, até um dia.

Então nos momentos em que circulei pela zona de chegada de ambulâncias à urgência daquela unidade hospitalar, vi ambulâncias de socorro muito bem tripuladas, é verdade, com TAS na célula sanitária, sim é aqui o lugar dele, não na condução, mas também vi o contrário, TAS a conduzir e na célula sanitária o TAT, ou inclusive só TAT e por incrível que pareça em ambulâncias do INEM também. Poderia acrescentar muito mais, desde ABSC a fazer retornos quando a lei é explicita e o proíbe.

Será que já não chega de andarem a brincar aos bombeiros e que se tomem atitudes sérias? Não venham com a treta da formação que não há e tal, porque é fácil comprovar as vagas que não são preenchidas, ou porque não são inscritos ou porque teimam em não cumprir regras e querem facilitismo.

Espero sinceramente aos que cumprem e têm brio nisso que continuem e façam melhor, aos que não cumprem, façam uma análise do que pode e deve ser mudado e mudem por favor, para o bem comum. Os bombeiros fazem muita coisa bem feita sem dúvida e eu tenho muito orgulho na palavra bombeiros, mas assim com o atual estado de coisas não.

Pronto por agora já chega e venham de lá os miminhos….(esta aprendi com um grande amigo meu do norte e que infelizmente teve que imigrar para a Irlanda)

Vitor Matos

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