Tornado varreu 40 casas seguidas em Vila do Conde - VIDA DE BOMBEIRO

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sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Tornado varreu 40 casas seguidas em Vila do Conde


Telhados, vidros e persianas arrancadas pelo vento em Vila Chã, numa intempérie "nunca vista", que deixou desalojados e prejuízos avultados.

Partiu vidros e persianas, arrancou telhados, derrubou varandas e deixou cobertos no chão. Pela rua, acumulam-se telhas, vidros e galhos de árvores. Contas feitas, são cerca de 40 as casas atingidas, numa faixa de 150 metros de largura ao longo de um quilómetro, entre as ruas da Praia Nova e Trás do Fieiro, em Vila Chã, Vila do Conde. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera disse ao JN que são marcas de tornado.

"Tinha tudo fechado. O vento partiu a persiana e o vidro", atira Clementina Santos. Em 80 anos, nunca viu tal. As telhas do vizinho foram-lhe parar ao jardim e até a placa "vende-se" da casa em frente acabou no quarto. Acordou com o barulho. Eram 2.20 horas. Agora, tem a casa sem janela da frente. Ali, na Rua Nova, a um quilómetro do mar, quase todas as casas perderam telhas.

Junta à praia, na praceta do Côjo, Ana Teixeira não ganhou para o susto. "Foi um estrondo enorme!", conta. A água começou a entrar logo a seguir. A casa alagou. Os enormes buracos no telhado confirmam. Temeu por ela e, sobretudo, pelos dois filhos, de dois e quatro anos. Os pequenos acabaram a dormir na sala, "o único sítio em que não chove". Os pais tentaram salvar móveis e eletrodomésticos. Tão cedo a família não vai poder regressar a casa. A carrinha, comprada há duas semanas, levou com as telhas da casa do vizinho. "Ficou desfeita", conta Ana.

Na praceta nenhuma casa escapou. A 100 metros, na Rua da Praia Nova, Vera Maia viu destruídos os anexos. A sólida cobertura voou toda. "Estragaram-se roupas, eletrodomésticos, móveis", lamenta.

Durante todo o dia, o presidente da Junta, Joaquim Moreira, andou a ajudar como podia e a Câmara de Vila do Conde diz estar a acompanhar o caso.

Vacarias destruídas

Em Mindelo e Gião, duas vacarias sofreram prejuízos avultados. Às 7.30 horas, quando se levantou, José Dias viu a "vacaria a voar", as telhas partiram parte do telhado da outra. Os prejuízos são de "muitos milhares de euros". As 40 vacas estão agora, provisoriamente, todas acomodadas num mesmo espaço, mas a produção de leite "vai continuar".

Em Gião, Joaquim Ramos tem "mais de 100 mil euros de prejuízos" num painel fotovoltaico, na cobertura de um dos pavilhões e no coberto das máquinas. Os dois casos já foram reportados à Direção Regional de Agricultura.

Fonte: JN

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