Como desde há décadas tem acontecido, uma grande vaga de incêndios florestais suscita dezenas de opiniões sobre como resolver o assunto. Só que o excesso de fogos não se resolve repetindo receitas inexequíveis.
Falta limpar as matas, repete-se pela enésima vez. E lá vêm de novo propostas para pôr soldados, presos, desempregados, beneficiários do rendimento social de inserção, etc. a limpar matas e a abrir caminhos.
Não se diz se com algum salário, ainda que simbólico. Nem o que fazer com os resíduos (biomassa?). Denuncia-se que as matas do Estado dão mau exemplo em matéria de limpeza. E que as leis não são cumpridas. Também se critica o excesso de eucaliptos e de pinheiros – as espécies que dão dinheiro e depressa.
Seria mais interessante, mas mais trabalhoso, saber por que motivo nada de eficaz se concretizou em escala significativa ao longo de tantos anos. Se calhar, está errada a ideia defendida desde há quase um século de que Portugal deve ser um país de floresta. Talvez interesse, afinal, ter mais agricultura e menos árvores. É tudo uma questão de incentivos.
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