Espeleólogos Portugueses Já Saíram da Gruta, Sãos e Salvos - VIDA DE BOMBEIRO

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segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Espeleólogos Portugueses Já Saíram da Gruta, Sãos e Salvos


Sãos e salvos. Os quatro espeleólogos acabaram de deixar a gruta Cueto-Coventosa, na Cantábria, norte de Espanha. Daniel Pinto, Luís Sousa, António Afonso e Carlos Mendes foram resgatados por uma equipa de socorro, tendo deixado a gruta pelo próprio pé, após cerca de dois dias e meio.

"Estamos todos bem. A única preocupação eram as nossas famílias, porque estávamos bem física e emocionalmente e eles não sabiam Já telefonei aos meus pais e disse-lhes que estava bem, não houve falta de alimentação, ainda tínhamos para mais dias se fosse necessário", disse um dos exploradores portugueses entrevistado pela SIC mesmo à saída da gruta.

A equipa de resgate iniciaram os trabalhos para tirar os quatro portugueses ao início da tarde desta segunda-feira, sendo que as primeiras informações sobre o estado deles tinha sido dado há cerca de uma hora, quando foram localizados no final do ponto conhecido como Los Lagos, altura em que transmitiram estar "bem, embora muito cansados", de acordo com uma informação dada pelo governo regional.

O nível da água que inundou as galerias baixou nas últimas horas, sendo que às 14.20 horas locais (13.20 em Portugal continental) foi dada a ordem para avançar, até porque para o dia de amanhã, terça-feira, está previsto o agravamento das condições climatéricas, com fortes chuvas que devem voltar a encher a gruta de água, o que tornariam complicado no resgate.

"Há que tirá-los de qualquer maneira", afirmou ao início da tarde a conselheira da presidência do governo regional, que esperava resolver este problema ainda durante o dia desta segunda-feira, tal como aconteceu.

Citado pelo jornal El Diario Montañés, João Moutinho, vice-presidente do Clube de Montanhismo Alto Relevo de Valongo, disse que os quatro espeleólogos têm entre 35 e 40 anos, contam com mais de dez anos de experiência na exploração de grutas na Península Ibérica. São eles Daniel Pinto, Luís Sousa, António Afonso e Carlos Mendes, e são residentes da Maia, Vila do Conde, Caldas da Rainha e Guimarães, respetivamente.

AO DN, João Moutinho, explicou que se tratam de "espeleólogos muito experientes e bem preparados, que sabem como reagir em situações difíceis como é esta, e que levaram mantimentos, pilhas e ainda velas, que lhes permitirão manterem-se com iluminação durante mais tempo", sublinhou o responsável, ainda antes do resgate.

Pedido de socorro dado neste domingo
A equipa espanhola de socorro está no local desde as 20.00 (19.00 em Lisboa) de domingo, depois de o pedido de socorro ter sido acionado pela equipa de apoio dos espeleólogos portugueses que também ali se encontra.

Os quatro portugueses entraram no sábado pela entrada de Cueto às 11.00 horas (10.00 em Lisboa) e estiveram no interior durante quase 54 horas.

A travessia da gruta Cueto-Coventosa pelos quatro espeleólogos portugueses deveria ter demorado entre 26 e 30 horas e foi passado esse período que a equipa de apoio fez o pedido de socorro. Com o nível da água mais baixa, como o ESOCAN espera para a tarde, a equipa de resgate "tentará entrar com botes, para retirar os quatro espeleólogos", estima João Moutinho, sublinhando que haverá ainda a possibilidade de "colocar uma corda para evitar a força da corrente e auxiliar a saída".

Quatro especialistas da equipa de espeleologia de resgate conseguiram aceder à gruta no domingo, depois das 22.00 (21.00 em Portugal Continental), embora só tivessem conseguido avançar cerca de 50 metros devido ao nível de água, pelo que aguardam nesta altura a descida da água à entrada da gruta.

De acordo com o ESOCAN, que coordenou a operação, a água estava a baixar no interior da gruta a uma velocidade de 10 centímetros por hora, muito mais lentamente do que previa inicialmente. Na entrada da área dos três lagos, a equipa de resgate instalou um ponto de acampamento, aguardando a descida do nível da água.

A operação integrou a equipa de espeleologia da Cantábria (ESOCAN), além de técnicos da Direção Geral do Interior do governo da Cantábria, agentes da Guarda Civil e voluntários da Associação de Proteção Civil de Arredondo. Cueto-Coventosa recebe muitas expedições de espeleólogos. Este vídeo documenta a travessia de três dias destes grupos.

Fonte: Diário de Noticias 

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